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Opinião: "Agronegócio salva o Brasil"

Postado às 07h18 | 02 Jun 2020

Ney Lopes

Mesmo com áreas fanáticas do governo brasileiro, “torcendo contra o país”, em solidariedade à Trump, o Brasil supera a crise da pandemia, através dos bons resultados do agronegócio (negócios com base na cadeia produtiva agricultura e pecuária). Digo isso, referindo às críticas feitas à China, que de tão ofensivas ao país foram omitidas na divulgação do vídeo ministerial.

O inconsequente ministro da Educação Abrahamn Weintraub achou pouco e publicou postagem acusando a China de beneficiar-se da crise do coronavírus, sendo acusado de racismo. Enquanto isto, as estatísticas econômicas mostram que o apetite chinês foi responsável pelas exportações do agronegócio atingirem este mês o melhor patamar mensal do setor, rendendo US$ 10,9 bilhões, superando em 17% às do mês de abril.

Neste ano, as receitas já superaram em 28% às de igual período de 2019. As importações chinesas cresceram 11,3%, sobretudo na compra das carnes bovina e suína, com aumento de 85,9% e 153,5% em comparação com 2019. Cada vez mais o agronegócio aumenta sua participação na nossa balança comercial. Mesmo sendo o primeiro país a ser afetado pelo novo coronavírus, a China manteve boa participação no comércio de produtos brasileiros. As importações chinesas no total cresceram 11,3%.

O destaque fica para compra das carnes bovina e suína, com aumento de 85,9% e 153,5% em comparação com 2019. Caso o governo brasileiro atue com habilidade diplomática (o que será muito difícil) há um fator, que poderá nos beneficiar, ainda mais. A China tenderá a comprar mais produtos brasileiros, já que o governo está incentivando as empresas, que repõem estoques após o isolamento, a não comprar produtos do agronegócio dos Estados Unidos.

A medida chinesa é uma retaliação pela posição de Donald Trump de proteção aos rebeldes de Hong Kong. Parece que, no meio de tanta insensatez da nossa tresloucada política externa, o setor que ainda está com os “pés no chão” é o agronegócio.

Deus queira, que o governo não inocule preconceitos e radicalismos ideológicos, que prejudiquem o nosso crescimento futuro.

 

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