Postado às 16h30 | 28 Nov 2020
Ney Lopes
Enquanto a pandemia se expande na “segunda onda”, percebe-se a polêmica de aceitar ou não a vacina.
Especialistas esclarecem que, mesmo na hipótese de ser menos eficaz nos mais velhos, a vacina terá sempre um efeito de atenuar a doença. Alguns concluem, que não se trata de uma questão não puramente técnica, mas também ética, social e política. A tendência é que as pessoas entre os 50 e os 75 anos com doenças graves, os profissionais de saúde mais expostos à covid e os residentes e funcionários de lares de idosos deverão ser priorizados no acesso à futura vacina.
As regras de definição para a vacinação têm de ser criteriosas e com a preocupação de prevenção da mortalidade, da morbilidade e evitar a sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde.
A Espanha aprovou o plano de vacinação, prevendo o início do processo para janeiro, com prioridade para os idosos que vivem em lares e o respetivo pessoal de saúde.
A Alemanha vem preparando o processo de vacinação desde finais de outubro, com os vários estados regionais definindo os locais de vacinação. Será dada prioridade no país aos cidadãos que tenham circunstâncias de maior risco, seja pelas condições de saúde (doentes crônicos) ou pela idade. No grupo dos prioritários entram também aqueles que estão sujeitos a um maior risco de exposição à covid-19, caso dos profissionais de saúde.
Na França o plano de vacinação deverá ser apresentado na próxima semana. As autoridades de saúde colocaram em consulta pública um documento provisório, que aponta para a priorização do pessoal que trabalha na primeira linha de resposta ao covid, os indivíduos suscetíveis a manifestações mais graves da doença por força da idade e da situação de saúde e aqueles que desempenham tarefas essenciais ao país.
A OMS defende que os trabalhadores da saúde, os idosos e outros grupos de risco devem ser considerados grupos prioritários na vacinação.
De agora em diante só restará aguardar, que as vacinas sejam cientificamente aprovadas.
Aproxima-se do consenso, o princípio de que todos deverão vacinar-se.
Não há outra alternativa.