Postado às 16h10 | 23 Set 2020
Ney Lopes
Um fato ligado ao orçamento individual, se relaciona com o não uso de “pontos” obtidos em cartões de crédito, para transformação em milhas para aquisição de passagens aéreas, ou outros produtos. Em 2020, a pandemia trouxe problema, segundo o jornalista Fernando Nakagawa, da CNN.
Muitos clientes não conseguem converter pontos em viagens aéreas, por causa das restrições impostas pela Covid-19.
É necessário que os possuidores dessas milhagens possam usá-las em algumas possibilidades e não perde-las. Os brasileiros nunca acumularam tantas milhas no cartão de crédito como no ano passado. Foram 235,2 bilhões de pontos em 2019, segundo dados do Banco Central. Isso dá mais de mil milhas por brasileiro.
Apesar de ter acumulado como nunca, o estoque de milhas caiu porque muita gente não conseguiu usar os pontos no prazo e quase um quinto dessas milhas simplesmente venceu. Números do Banco Central mostram que o número de pontos do cartão de crédito perdidos porque simplesmente venceram saltou 39% em um ano.
Ao todo, foram 43,6 bilhões de milhas jogadas no lixo. Esse volume de pontos seria suficiente, por exemplo, para emitir 1,9 milhão de bilhetes de ida e volta entre Recife e São Paulo, conforme simulação da CNN. Ou seja, daria para levar toda a população da capital pernambucana para conhecer São Paulo. A Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF) sugere como utilizar os pontos e não perder as milhas. Por exemplo: - Viagens futuras: marcar passagens com datas à frente.
A adoção de regras mais flexíveis pelas companhias aéreas facilita a troca das datas no futuro. Crédito combustível: essa troca pode significar um alívio no abastecimento do carro. Doações: praticamente todos os programas de bonificação oferecem a possiblidade de converter milhas em ajuda a entidades sociais.
Para evitar perdas de milhagem acumulada, o “olho” deve estar aberto.
Esses programas de “pontos” significam dinheiro disponível, que não pode ser desperdiçado, em época tão difícil como a que vivemos.