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Opinião: "A vacina russa, imuniza ou não?"

Postado às 17h21 | 11 Ago 2020

Ney Lopes

Enquanto a pandemia causou mais de 733 mil mortos e infetou mais de 20 milhões de pessoas em 196 países, o Presidente Vladimir Putin, divulgou hoje, que a Rússia se torna o primeiro país a registrar uma vacina contra o novo coronavírus.

A descoberta será chamada de "Sputnik V" (o "V" significa "vacina"), em referência ao satélite soviético, o primeiro aparelho espacial lançado para a órbita do planeta terra, em 1957. A produção industrial vai começar em setembro e estará disponível em janeiro de 2021.

“Cautela” resume a posição dos governos e da comunidade cientifica internacional. A OMS declarou, que irá seguir os trâmites de pré-qualificação e revisão para comprovação da eficácia da vacina. A ANVISA informou, que   o laboratório russo não pediu registro do produto no Brasil.

Mais de 100 vacinas estão em desenvolvimento no planeta. A Rússia não é o primeiro país a testar vacina contra o coronavírus e anunciar resultados promissores. A Coreia do Norte fez o mesmo, mas curiosamente é o primeiro país a anunciar vacinação em massa da população.

Até agora, o governo russo não publicou nenhum estudo, ou dado científico sobre os testes que realizou, e também não se conhecem os detalhes sobre as fases do processo que devem ser cumpridas, antes da aprovação e lançamento no mercado.

O mundo aguarda em expectativa a fase três, que é a última etapa de experiências, quando se produzem as evidências reais sobre a eficácia e liberação para uso contínuo.

Já apareceu um voluntário de nome internacional para imunizar-se com a vacina russa.

É o semi-ditador Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que tem o presidente Putin como o seu "ídolo" (assemelha-se a Bolsonaro com Trump) e se dispôs a receber a primeira dose da injeção, como um gesto de confiança e admiração.

O anuncio russo é recebido com otimismo, tendo em vista que qualquer descoberta nessa área, será fundamental para a humanidade.

Apenas exige-se a comprovação para comunidade cientifica internacional, de que a “inovação” é segura, eficaz, protegendo e imunizando as pessoas.

Somente isto! Nada mais.

 

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