Postado às 06h05 | 27 Jan 2022
Ney Lopes
Hoje, 27 de janeiro, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, instituído em 2005 pela ONU.
O regime nazista assassinou cerca de seis milhões de judeus.
Mas também foram vítimas dessa política de extermínio ciganos, homossexuais, comunistas, testemunhas de Jeová, pessoas com deficiências físicas e mentais, prisioneiros de guerra soviéticos e poloneses.
Pelo campo de Auschwitz, passaram mais de 1 milhão das vítimas do regime.
Segundo a Unesco, o local foi o maior complexo de extermínio e “o maior centro de assassinatos em escala industrial, construído para implementar o genocídio dos judeus da Europa".
Os nazistas chegaram ao poder na Alemanha em 1933, sob o comando de Adolf Hitler. Nascia um nacionalismo exacerbado, em tons de fanatismo, girando em torno do chamado “fuhrer”, cuja palavra e orientação eram seguidos como dogmas por hordas enlouquecidas.
A data de 27 de janeiro de 1945 é aquela em que as tropas soviéticas libertaram os prisioneiros do Campo de Concentração de Auschwitz, na Alemanha.
Neste ano, são recordados os 77 anos desse assassinato a sangue frio em massa, que ainda hoje choca a humanidade.
A palavra holocausto tem origem grega (holocaustos) e latina (holocaustum), e na história antiga nomeava o sacrifício religioso de animais pelo fogo.
Mais de 200 campos de concentração foram criados por Hitler, dentro e fora de território alemão, durante as décadas de 1930 e 1940.
A "estrela de judeu" recorda os campos de concentração e os guetos que isolavam a população perseguida.
Em hebraico, a expressão Estrela de Davi é "Magen David", que significa escudo de Davi.
É um símbolo de realeza, e antigamente vários guerreiros do povo de Israel usavam esse símbolo nos seus escudos durante as batalhas.
Como meio de identificar os judeus, os nazistas deturparam esse simbolismo e decretaram para todos o uso da estrela de seis pontas sobre fundo amarelo.
Ela se tornou um estigma da exclusão da sociedade.
A identificação das pessoas por meio da estrela amarela era apenas o preparativo para o que os nazistas chamaram de "a solução final da questão judaica": o extermínio.
Após a segunda Guerra Mundial, os representantes dos governos dos Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e União Soviética constituíram um acordo para decidir as atitudes a serem tomadas em relação aos crimes ocorridos durante a guerra. Assim surgiu o Tribunal de Nuremberg.
Entretanto, o maior culpado pelo Holocausto, Adolf Hitler, não foi julgado, pois havia covardemente se suicidado.
O Holocausto é considerado como o maior crime já cometido contra a humanidade.
Foi a barbárie elevada à enésima potência no século 20 e não pode ser esquecida.
Tem que ser lembrada e relembrada, para que sobretudo as novas gerações estejam alertas, em relação a certos líderes que buscam métodos autoritários como forma de exercício do poder, em pleno século XXI.
No Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, cabe lembrar o conselho de Anne Frank, uma menina judia de 13 anos que escreveu seu ponto de vista sobre o nazismo na Alemanha, quando sua família e ela foram para Auschwitz.
Ela disse em seu diário: “Como é maravilhoso que ninguém precise esperar um minuto sequer antes de começar a melhorar o mundo”.
Assim seja!