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Opinião: "O PT e os militares"

Postado às 07h00 | 21 Jan 2023

Ney Lopes

O presidente Lula sentou ontem na mesa com os comandantes Júlio Cesar de Arruda (Exército), Marcos Sampaio Olsen (Marinha) e Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica).  

Concordância - Os comandantes das Forças Armadas concordaram em abrir processos para apurar casos de militares que se insubordinaram, em manifestações nas redes sociais, ou que tiveram envolvimento nos atos extremistas.

A reunião com os comandantes ocorreu uma semana, depois do presidente admitir que “perdeu a confiança” em militares da ativa.

O encontro  distensiona a relação e cria mais confiança entre Planalto e as Forças Armadas.

Excelente e competente articulação do Mnistro José Múcio, da Defesa.

Dificuldades - O calcanhar de Aquiles é conter o ímpeto de petistas radicais (assemelham-se aos bolsonaristas radicais), que desejam  "retaliação generalizada".

Esse caminho, se adotado pelo governo, é perigoso e se contrapõe a “união de todos” pregada por Lula.

O momento impõe bom senso, que é o contrário de retaliação generalizada.

PT- Há corrente interna do PT (diz liderada pela presidente Hoffman), que deseja aplicações urgentes de penalidades a Bolsonaro e seus seguidores, de forma que o ex-presidente sofra o que sofreu Lula, após sair do governo.

A hora é de saber agir com tolerância e equilíbrio.

Caça bruxas - Se o governo empreender  “caça às bruxas”, Bolsonaro e os grupos radicais que o apoiam podem se fortalecer a médio prazo.

O ex-ministro Nelson Jobim pregou cautela ao comentar os atos golpistas e advertiu do risco político do PT radicalizar, igualando-se ao estilo Bolsonaro.

Jobim lembrou que o resultado das urnas foi apertado e disse que a vitória foi "pequena".

Paz - O “jogo está jogado”. A Constituição foi respeitada para o bem do país.

Agora, cabe ao governo Lula agir de forma que contribua para a Paz social, sem acirrar ânimos e sem estimular rebeldia.

Olho aberto

Manobra - O presidente do PL Waldemar da Costa Neto atritou-se com filhos de Bolsonaro que agiam nos bastidores, para tentar se apropriar do comando do partido.

O senador Flávio Bolsonaro deseja presidir a legenda.

Apoio - O caminho inevitável do União Brasil é apoiar Lula.

Já tem três ministérios.

Prisão - Daniel Alves está em prisão preventiva, em Barcelona, depois de uma juíza ter aceitado o pedido da procuradoria nesse sentido, no âmbito de um processo por alegada agressão sexual

FIES - Muita inadimplência no FIES.

Impõe-se a suspensão de execuções judiciais.

Não se justifica sacrificar aqueles que lutam por um diploma universitário.

TAP - Governo acelera a venda da TAP: companhia pode valer €900 milhões.

Norte-americana Evercore vai liderar privatização.

Air France mostra entusiasmo com a TAP e diz que a companhia portuguesa é mais atrativa do que a ITA.

Avião - NASA e Boeing vão desenvolver avião comercial de baixa emissão de carbono.

O objetivo é produzir futuras aeronaves comerciais mais eficientes em termos de combustível, com benefícios para o meio ambiente, a indústria. da aviação comercial e os passageiros em todo o mundo.

Imposto dos ricos I - Um grupo com mais de cem pessoas que estão entre as mais ricas do mundo cobrou governos a ampliar os impostos cobrados sobre eles próprios.

O grupo disse que os mais ricos não estavam sendo obrigados a colaborar com a sua parcela na recuperação econômica global da pandemia do coronavírus.

Imposto dos ricos II - Os signatários incluem a herdeira da Disney Abigail Disney e Nick Hanauer, empresário americano e um dos primeiros investidores da gigante de vendas Amazon.

Não há brasileiros na lista.

Prisão - Os 3 homens mais ricos do Brasil - Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, da 3G – serão acusados na justiça americana de articularem o maior golpe financeiro da história do Brasil.

Entre os investidores lesados estão dezenas de americanos, que adquiriram ações das Americanas negociadas na América.

Se condenados, poderão ser presos, mesmo devolvendo os RS 20 bilhões que desviaram dos acionistas.

A pena será aplicada nos EEUU, de acordo com o previsto na lei americana, que é mais severa do que a brasileira.

 

 

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