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Oferta de vistos e escassez de mão de obra nos EUA atraem brasileiros qualificados

Postado às 06h12 | 16 Mar 2022

Estado

A escassez de mão de obra e a alta na oferta de vistos devem atrair mais brasileiros qualificados para trabalhar nos Estados Unidos. “Hoje faltam 11 mil dentistas, por exemplo, nos Estados Unidos, de acordo com a Associação Americana de Odontologia. Enquanto isso, o Brasil tem um histórico muito bacana de formação desses profissionais”, avisa Rodrigo Costa, sócio-fundador da AG Immigration, que presta assessoria aos interessados em imigração. Ele avisa que há também oportunidades para profissionais como médicos, enfermeiros e fisioterapeutas.

Os “Ebs” são vistos que permitem tirar o green card. “Dão todos os privilégios que um cidadão americano tem”, explica Costa, “com exceção do voto”. O acesso ao voto, “só depois que pedir a cidadania americana”, completa.

O visto chamado de EB1-A é para quem comprovar habilidades extraordinárias em negócios, nas artes ou no atletismo, por exemplo. O EB-2 é para quem tem habilidade especial. Costa, que está baseado na Flórida, aponta que o número de green cards disponíveis ainda não é preenchido pelos brasileiros “por não saberem, muitos deles, dessa chance de viver nos EUA entrando pela porta da frente”.

O trabalho de seu escritório envolve montar uma petição mostrando as qualidades do candidato ao visto. “Dependendo da profissão, você precisa fazer uma revalidação do seu diploma. Algumas profissões são privilegiadas porque são universais e não precisam fazer a revalidação, como jornalistas.” Os vistos estão disponíveis para o ano fiscal de outubro 2021 a setembro de 2022.

Há também oferta de visto H2B e vagas de trabalho para profissões que requerem menos qualificação. O governo Biden ampliou esta categoria em 20 mil novos vistos. “Os advogados aqui da AG Immigration têm dito que os oficiais de imigração, quando vão julgar uma causa, atualmente, estão com a caneta muito mais leve do que durante o governo Trump”.

Costa vê ainda como parte de um fenômeno global a perda de profissionais brasileiros de ponta para países mais atraentes. “As pessoas com mentes brilhantes, que têm um potencial na sua área de atuação, virão para os Estados Unidos e dificilmente voltarão para o Brasil”, conclui.

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