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O Natal, sem Ney Júnior

Postado às 07h33 | 24 Dez 2021

Ney Lopes

Chegou a véspera de Natal.

A partir de 24 de dezembro de 2021, a data será diferente para mim, Abigail, filhos, netos, familiares, embora signifique o nascimento de Cristo.

Na ceia, sempre a ausência de Ney Lopes de Souza Jr.

Ele partiu para a Eternidade.

Rezaremos o terço, em sinal de devoção ao “menino” que nascia na estribaria de Belém, ao lado de sua mãe Maria e o pai José.

Lembraremos o filho querido.

Não é fácil suportar essa dor.

A formação cristã traz a convicção de que não devemos nos rebelar contra os desígnios de Deus.

Na verdade, como humanos desconhecemos muitas coisas, que somente Ele sabe e a fé explicam.

A dor da perda é dilacerante.

Porém, acreditamos que o caminho de Ney Jr tenha sido aquele escolhido por Deus, que o acolhe nessa véspera de Natal.

A confiança é que os planos divinos nos concedam a resignação, mesmo que as lágrimas da saudade jamais se ausentem.

Recordo que ao eleger-se vereador em Natal, concretizando o sonho de ser político, escrevi um texto para ele, no qual citei Victor Hugo: “busque sempre descobrir a existência deoprimidos, injustiçados e infelizes à sua volta”.

No momento em que recebeu o diploma de vereador, tive a sensação da Ilíada, o primeiro grande épico de Homero, em que o troiano Heitor, ao deixar a cidade para combater os gregos, olhou firmemente o seu filho e pediu aos deuses que “algum dia os troianos dissessem dele: é melhor do que o pai”. 

E Ney Junior conseguiu ser melhor do que o pai, no curto período de vida em que serviu a cidade de Natal.

Deixou legado de um ser humano, de profunda sensibilidade social.

A todos tratava com educação e urbanidade.

Por isso, as correntes políticas locais manifestaram pesar, sem exceções.

No seu curto período de vida, 47, cumpriu o dever.

Para nós que ficamos no “outro lado”, só resta homenagear a sua memória e pedir que ele nos proteja, junto a Deus.

Até um dia, meu filho!

 

 

 

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