Postado às 04h59 | 19 Fev 2021
Pauta - Consenso em torno da prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira: a Câmara não pode perder tempo com um deputado extremista e prejudicar a pauta para a retomada da economia, que se resume a vacinação, auxilio emergência e reformas.
Encontro- O deputado Artur Lira, em encontro com Bolsonaro, opinou que ele deve afastar-se do episódio e a tendência da Câmara será manter a prisão.
STF- O presidente concordou em não se indispor ainda mais com o STF. Entretanto, o seu filho Eduardo Bolsonaro postou no twitter que votaria pela libertação do colega.
Almoço- No almoço de ontem, dos presidentes do Senado e da Câmara com os ministros Guedes, e Ramos, ficou acertada a manutenção da pauta econômica e o retorno do auxílio emergencial.
Representação – A mesa da Câmara propôs representação no Conselho de Ética para punir o deputado e tentar relaxar a prisão na audiência de custódia, evitando a votação no plenário, que geraria tumulto político.
Punição- O pedido é para a cassação do mandato, por faltar com o decoro parlamentar. Diz-se que a tendência seria suspensão do mandato por seis meses.
Prisão- Na audiência de custódia de ontem (instrumento obrigatório por lei para examinar a legalidade de uma prisão), o juiz Aírton Vieira, do gabinete do ministro Alexandre Moraes, atendeu o MP e manteve preso o parlamentar, que ocultava consigo dois celulares apreendidos, supostamente para comunicação com milícias..
Câmara- Após a decisão da audiencia de custódia tornou-se irreversível a votação da Câmara, o que ocorrerá hoje, 19, a partir de 17 horas. O plenário irá pronunciar-se, confirmando ou derrubando a ordem de prisão, em votação aberta.
Confronto - Ainda poderão ocorrer mudanças no posicionamento dos deputados. Entretanto, o sentimento geral é evitar o confronto com o STF e a consequente manutenção da prisão. Essa hipótese não exclui a possibilidade de negociação da liberdade do acusado, com a adoção de medidas restritivas no acesso às redes sociais, não aproximar-se do STF e uso de tornozeleira eletrônica.
Incrível Huck – “Indecisão” resume a posição do apresentador Luciano Huck sobre a candidatura à presidência da República. Uma das causas é a saída de Faustão da Globo e a possibilidade dele assumir o espaço aos domingos.
Substituto – Caso opte por candidatar-se, o substituto será Márcio Garcia, o apresentador do programa Tamanho Família. A esposa Angélica terá também o seu programa “Simples assim” fora do ar.
Dilema – O maior dilema é a escolha de um partido. Ele tem intensificado conversas com os seus conselheiros, ex-governador Paulo Hartung e o economista Armínio Fraga.
Hipótese- Ao deixar a presidência da Câmara, Rodrigo Maia comunicou a Huck a impossibilidade dele filiar-se ao DEM, pelo compromisso do partido com o bolsonarismo. AMC Neto telefonou ao apresentador, negando a informação.
Oferta- Rodrigo Maia propôs três alternativas: filiar-se ao PSL, dono de milionário fundo partidário; migrar para o PSDB de João Doria, ou liderar uma fusão de Cidadania, Rede e PV.
Obstáculos- A última hipótese tem dificuldades. A ex-senadora Marina Silva resiste em extinguir a Rede. O PV vive crise interna, com a tentativa de afastar o presidente José Luiz Penna. Exceção é o “Cidadania”, cujo presidente, o ex-deputado comunista Roberto Freire, aplaude de pé a candidatura de Huck (!!!).
Confirmação – A assessoria do empresário paulista Luiz Roberto Barcelos, a propósito da nota publicada sobre a candidatura dele a governador do RN, confirma a sua entrada na política estadual em 2022, como candidato a deputado federal, por enquanto.
Apoio – Barcelos conta com o prefeito Alysson Leandro Bezerra Silva, a quem apoiou, na última eleição de Mossoró. Irá encontrar-se com a governadora Fátima Bezerra, em março, por “quem tem grande admiração e respeito”. Poderá ser o José Alencar da política do RN?