Postado às 05h47 | 01 Fev 2021
Hoje a eleição no Senado e Câmara Federal. Cabe lembrar o senador Marco Maciel: “não há política, sem vítimas”.
O “estilo” do presidente da República rompeu o “diálogo” entre o executivo e o legislativo.
No final do mandato, ele sonha com uma “ponte”, que lhe facilite a reeleição em 2022.
Na expressão da jornalista Eliana Cantanhede, essa ponte está sendo construída sobre os escombros das promessas de 2018, de não conviver com a “velha política”. No Senado, o seu candidato cooptou até o PT.
Rodrigo- Uma das vítimas será o deputado Rodrigo Maia, golpeado pelo seu próprio partido (o DEM) e vendo vacilar a base parlamentar, que daria vitória a Baleia Rossi.
Erro 1 –Rodrigo Maia cometeu erros. Deixou-se levar pelo sentimento de antagonismo, que sempre existiu entre ele e Bolsonaro, desde a política do Rio de Janeiro. Não acreditou numa solução consensual e fez “aposta” nele mesmo, ao aguardar a decisão do STF sobre a eventual recondução ao cargo.
Erro 2 – Vacilou ao prometer que apoiaria Elmar Nascimento (DEM-BA), Marcos Pereira (Republicanos-SP), ou Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O Supremo negou a reeleição e surgiram dificuldades para quem apoiar, o que causou mágoas nos pré-candidatos.
Erro 3 – O resultado é que Maia não controla nem o DEM, brigou com o presidente do partido e a bancada está rachada.
Outra vítima- Ninguém se engane: mesmo ganhando, Bolsonaro pode ser outra vítima. Bom relembrar, que Lira foi violento algoz do governo, ao longo de 2019. As juras de amor eterno com Bolsonaro começaram em 2020, articuladas pelo seu “tutor” político, o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, o partido campeão de investigados na Lava Jato.
Compromissos – O preço das eleições de hoje será caríssimo. A mídia dá “nome aos bois” de 250 deputados e 35 senadores, premiados com R$ 3 bilhões, além das emendas parlamentares, em obras nos seus redutos. Fala-se em “compensações” de ministérios e cargos públicos As promessas feitas ao grupo de Lira e Alcolumbre chegam a R$ 20 bilhões. De onde virá esse dinheiro?
Risco- Na Câmara, Lira e o seu “grupo” poderão transformar o presidente em refém. A maioria desses “amigos” tem objetivos meramente econômicos, políticos e rezam na cartilha, de que na política “nada se dá, nem empresta. Vende-se”. Além do mais, nenhum deles mostra a vocação de segurar alça de caixão.
Derrota – O mais grave é que há previsões, dos “grupos” ganhadores no Senado e na Câmara, juntarem-se com os perdedores e formarem aliança de centro-direita para derrotar Bolsonaro, em 2022.
Vitória – Pelo visto, tudo poderá ocorrer, após a eleição de hoje no Congresso. Até a hipótese de Bolsonaro ter dado a “jogada certa” e sair como o grande vitorioso no processo, com a garantia da sua reeleição.
Para que isso ocorra, a primeira coisa que ele terá de fazer será a escolha de um partido e filiar-se. Novamente, não será fácil essa opção, pelos riscos de novas chantagens...
Excelência – O hospital Memorial de Natal presta serviços de “excelência” no atendimento à população. A reforma recente modernizou o hospital, que agrega profissionais do melhor nível.
Méritos- Com todas as dificuldades enfrentadas, cabe destacar na área pública a eficiência dos Hospitais Walfredo Gurgel e Gizelda Trigueiro, apoiados em gestões competentes e dedicação dos seus servidores. Sobretudo, nesses “tempos de pandemia”.