Postado às 04h40 | 18 Jan 2021
O ano começa e os problemas da pandemia não impedem que as eleições de 2022 sejam a prioridade no debate nacional, todos preocupados com o que “virá” depois. O RN não é exceção.
Rápido exercício de futurologia antecipa, que mudará a “cabeça do eleitor”, cuja tendência será afastar-se do “desconhecido” e “aventureiros”.
O critério não envolverá exigência da idade biológica (novo ou velho), nem o fato de já ser, ou não detentor de mandatos.
Olho aberto
1. As incertezas da pandemia e decepções com os atuais detentores de mandatos despertam no cidadão o instinto da sobrevivência, que é a consciência do futuro depender de suas escolhas pessoais.
2. Os prefeitos e lideranças municipais (“colégios eleitorais”) correrão o risco de decepções nas urnas, se não apoiarem candidatos, que atendam as expectativas do eleitor. Para o executivo, aptidões de bom administrador. No legislativo, competência para legislar.
3. Quem já tiver vida pública, “prestará contas” do que fez. Quem for “iniciante”, falará a linguagem do realismo, sem pregar ilusões.
4. Será “gol” contra, sobretudo nas coligações majoritárias, a companhia na chapa de “nome sujo, ou incapaz”. Significará “covid política” e o eleitor rejeitará.
5. Uma indagação: será que ainda terão “vez” adesistas de governos, “notoriamente despreparados” e “currículos” já conhecidos, pela incompetência demonstrada no passado?
6. A futurologia prevê, que a falta de “credibilidade” e a “experiência” dos candidatos causarão fatais derrotas eleitorais em 2022. O eleitor estará de “olho aberto” e “zebras” podem acontecer.
Posse de Biden e Kamala
EEUU- Desde o fatídico 22 de novembro de 1963, quando o presidente John F. Kennedy foi assassinado, ou os ataques de 11 de setembro, não existe tensão tão grande, em torno de evento presidencial, como o da posse de Biden.
Hino- Lady Gaga, a quem Biden chama de "grande amiga", cantará o hino nacional, durante a cerimônia. Ela, com apenas 35 anos, é cantora, compositora, atriz, produtora musical e empresária.
Presenças- O vice-presidente Mike Pence planeja participar do ato solene, que contará com as presenças dos ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton.
Cemitério- Biden e os convidados irão ao Cemitério de Arlington para depositar uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido e fazer apelo pela união do país.
150 anos - Trump é o primeiro presidente a desprezar a posse de seu sucessor, em mais de 150 anos. Ele nunca parabenizou Biden.
Nero- Do jornalista português Mario Carneiro: “Comparar Trump a Nero seria dar-lhe dignidade imperial. A história há de recordá-lo como musa decrépita dos filmes mudos, que se recusou a aceitar o cinema sonoro. A história não o esquecerá, para não morrer a esperança de que ele nunca se repita”.
Banco do Brasil
A proposta da demissão de pessoal e fechamento de agências do Banco do Brasil têm endereço certo: enfraquecer a instituição, piorar os serviços, dificultar acesso dos clientes e assim reduzir o “preço” na hora da privatização. É o “mercado” trabalhando, em seu próprio benefício, através de “lobbies”.
EEUU
Nada contra as privatizações, mas com critérios. Banco não dá prejuízo (o BB tem lucro). Pode faltar gestão. O BB é instrumento essencial para políticas públicas. Os EEUU, o país mais liberal do mundo, na crise de 2008, ao invés de privatizar a instituição de crédito “Fannie Mae”, criada pelo governo em 1938, injetaram 100 bilhões de dólares e manteviveram o controle federal, com mudanças operacionais, até hoje.