Postado às 05h50 | 20 Abr 2021
O quadro político estadual é atípico. No processo eleitoral a regra é lançar candidatura a governador para eleger senador e deputados.
No RN é diferente.
Só existem, até hoje, pretendentes ao Senado, salvo a governadora Fátima Bezerra, que corre sozinha, com chances de vitória.
Gestação –Sussurros anunciam articulações, na busca de nomes competitivos para a disputa do governo.
Seriam eles, o ministro Rogério Marinho e o empresário Flávio Rocha.
O primeiro sonha com o senado, todavia muitos defendem que sua performance positiva como administrador no Ministério o credencia para o governo.
Mosca azul – Há informação, de que a “mosca azul” ronda o empresário Flávio Rocha, que já estaria até conversando abertamente nesse sentido.
Além do sucesso empresarial, Flávio possui a credencial de ser nome nacional, ter militado na política, conhecido no Estado e sem arestas.
Condição – Amigos de Flávio Rocha aconselham que ele tenha precauções.
Não pode sujeitar-se a pressões e exigências na montagem das chapas e compromissos com métodos do “toma lá, me dá cá”.
Ou ele demonstra credibilidade na largada, ou terá dificuldades na evolução da campanha.
Mudança - Os “donos dos votos” não existem mais.
A política sempre existirá e é necessário prestigiar os seus militantes.
Porém, de forma diferente do passado. Sempre com uma visão de interesse público e prestação de serviços nos municípios.
Nunca favores pessoais e privilégios.
O peso decisivo, sobretudo nas majoritárias, será a demonstração de competência, experiência e ficha limpa dos candidatos.
Diálogo – Analistas recomendam a abertura no Estado de “amplo diálogo”, com propostas para o após a pandemia; fuga dos radicalismos; escolha de nomes de credibilidade e falar a verdade ao eleitorado.
Jamais a vala comum das escusas composições de cúpulas.
Muito difícil ser candidato no Brasil.
Os partidos são propriedades privadas, com manuseio de milhões de reais liberados no Fundo partidário, praticamente sem fiscalização.
Prevalece, salvo exceções, o princípio da "patota" e afastamento de concorrentes.
Até o presidente Bolsonaro está tendo dificuldade de filiar-se a uma legenda.
A última opção em estudo seria a volta ao PSL, partido com estrutura robusta, dispondo de fundo eleitoral, tempo de rádio e TV capazes de disputar contra o PT.
Dinheiro - Em 2020 o PT levou cerca de R$ 201 milhões do Fundo Eleitoral e o PSL R$ 199 milhões.
Em 2022 será muito mais.
O “Patriota” que o presidente pensou filiar-se, recebeu apenas RT$ 35 milhões o ano passado.
Legendas – Outros partidos – Republicanos, PP e PSC – estão na mira do Planalto, mas há resistência dos caciques, em abrir o comando financeiro para o bolsonarismo.
O domínio do dinheiro é sempre dos "mesmos".
Uma vergonha nacional a estrutura partidária do Brasil.
E o mais grave é que nada se faz para mudar.
Nem o presidente Bolsonaro teve essa iniciativa.
Aí está uma das principais causas de debilidade da democracia brasileira.
Sete fôlegos – O senador Renan Calheiros tem “folego de sete gatos”. Ele é a prova de que o político só está morto, quando o caixão desce na tumba. Antes, não,
Exemplo – Outra prova foi Saturnino Braga, no RJ. Após ser prefeito, perdeu para vereador e ficou em quinto lugar para o senado.
Em 1998 voltou a concorrer ao Senado e se elegeu com 38% dos votos, sem apoios eleitorais. Imagine hoje com a tecnologia da comunicação.
Justiça – Merecida a aprovação do jornalista Gaudêncio Torquato para Academia Norte-rio-grandense de Letras, a mais respeitável instituição cultural do Estado.
Com o seu talento soma-se aos imortais, que honram aquela Casa.
Mãos atadas - Bolsonaro está nas mãos da República das Alagoas. ArhurLira e Renan Calheiros, com posições “chaves” no Congresso, são inimigos ferrenhos.
Qualquer aproximação do governo com um, ou outro, dará curto circuito. Se ficar o bicho pega. Se correr o bicho come!
PSDB – Grande movimentação interna no PSDB para lançamento do senador Tasso Jereissati à presidência da República. Seria excelente nome. Ciro Gomes poderia sair do páreo.
Boas notícias - O PIB da China cresceu 18,3% no primeiro trimestre deste ano.
Nos EUA, caíram muito os pedidos de seguro-desemprego