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Na pandemia, agronegócio exporta mais

Postado às 04h15 | 20 Ago 2020

Estado

Com o mundo ainda enfrentando a pandemia do novo coronavírus – que, além de ter infectado mais de 20 milhões de pessoas e provocado a morte de mais 750 mil, fez despencar a atividade econômica e diminuir o comércio em escala global –, o agronegócio brasileiro apresenta resultados surpreendentemente positivos.

Nos sete primeiros meses do ano, período fortemente marcado pelas medidas de isolamento social e de paralisação de diversas atividades econômicas na grande maioria dos países, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 61,19 bilhões, valor 9,2% maior do que o de janeiro a julho de 2019, conforme relatório da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Com esse desempenho, o agronegócio respondeu por mais da metade (50,6%) de todas as exportações do Brasil no período. É a maior participação do setor no comércio exterior do País em toda a série estatística mantida pelo Mapa.

No período, as importações do agronegócio somaram US$ 7,22 bilhões. Assim, a balança comercial do setor teve superávit de US$ 53,97 bilhões nos primeiros sete meses do ano. Só em julho, com exportações de US$ 10 bilhões e importações de US$ 982 milhões, o superávit foi de US$ 9 bilhões, em valores arredondados.

A Ásia, principal destino das exportações brasileiras de produtos agroindustriais, vem tendo papel cada vez mais influente na absorção desses produtos. Suas compras nos primeiros sete meses do ano alcançaram US$ 34,32 bilhões, com aumento de 24,0% em relação a 2019, bem maior do que o total exportado pelo setor.

A China tem sido a grande responsável pelo papel desempenhado pela Ásia. As exportações para aquele país somaram US$ 24,0 bilhões de janeiro a julho, 29,3% mais do que em igual período do ano passado. A China absorveu nada menos do que 39,2% do total exportado pelo agronegócio brasileiro, a maior participação em toda a série estatística do Mapa. É um número que não deixa dúvidas quanto ao imenso papel que o mercado chinês tem para o crescimento do agronegócio brasileiro, fato ignorado por certas autoridades de Brasília.

Graças sobretudo às exportações, o valor bruto da produção agropecuária deste ano pode alcançar R$ 742,4 bilhões, 10,1% mais do que em 2019.

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