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Memória: "As marcas do ano de 2022"

Postado às 06h32 | 31 Dez 2022

Ney Lopes

Hoje, 31, o último dia de 2022.

Quem analisa fatos do cotidiano, não pode deixar de fazer um balanço do ano que passou.

Há anos que passam e não deixam lágrimas, nem marcas. Parecem até não terem existido.

2022 não foi assim.

Ocorreram as mortes do meu filho Ney Júnior (final de 2021), da minha mãe Neuza Lopes e as sofridas decepções, que levaram ao sepultamento da vocação política, pela qual lutei a vida toda.

As dores começaram com a “partida inesperada” de Ney Jr.

Ele era como eu, um vocacionado para a política.

Tinha tendência natural para atuar no interesse da coletividade e não em causa própria.

Sendo vereador, tinha a exata noção que fazer leis era a sua competência básica, além da fiscalização do executivo.

Dedicou boa parte dos mandatos ao estudo dos problemas de Natal.

Desejava contribuir na aprovação do Plano Diretor da cidade, que considerava fundamental.

Deixou o legado de 53 leis municipais em Natal, em plena vigência.

Numa das nossas últimas conversas, relatou-me entristecido, que colegas na Câmara Municipal, “zombavam” e lhe indagavam, por qual razão, com tantas leis aprovadas, ele terminou perdendo a última eleição.

Sofreu muito com a derrota.

Realmente foi injustiçado.

A minha mãe, Neuza, já atingira 99 anos de idade.

Mas, não dava sinais de doença grave.

A sua vida foi dedicada ao serviço público e a família.

Surpreendeu todos a sua morte.

Quanto ao “sepultamento” da minha vocação política, causou-me choque e abalo pelas surpresas que ocorreram.

Com a experiência de mais de 20 anos no Congresso, resolvi disputar o Senado, sabendo que era uma empreitada difícil, mas possível, considerando serviços que prestei ao estado e ao país.

Tive o cuidado de fazer consultas prévias a familiares e amigos.

Recebi estímulos positivos.

Entretanto, na medida em que a pré-campanha evoluiu, tudo mudou.

Um dos objetivos era evitar o crescimento da minha candidatura.

Até em pesquisas, como a da FIERN na época, omitiram o meu nome.

Constatei a impossibilidade de competir com o orçamento secreto, além de estar em partido pequeno, sem nenhum recurso do fundo partidário e ser alvo fácil para ações políticas antiéticas, praticadas às escondidas para não serem identificadas.

Diante de tantas decepções, não tive outro caminho, senão renunciar.

Não restaram mágoas, apenas circunstancias da vida.

Não posso deixar de agradecer o conforto, compreensão e tolerância da minha esposa Abigail, filhas e netos, familiares e amigos, que permaneceram ao meu lado.

Agora, o meu desejo é que 2023 seja a marca de novos tempos, com progresso e Paz para o Brasil.

Olho aberto

Talento potiguar – A empresa norte-rio-grandense “Dois A Engenharia” ocupa espaço no cenário nacional da engenharia especializada em construção de obras de infraestrutura.

Em levantamento, a “Dois A” está em 18° lugar no ranking brasileiro.

Inegável mérito, que merece registro especial.

Errata – Na última coluna, o prefeito Álvaro Dias foi citado como já filiado ao partido “Republicanos”-RN.

Erramos. O prefeito continua no PSDB-RN.

De Claudio Humberto: Lula subirá a rampa do Planalto, dia 1º, protegido pela Polícia Federal, afastando o Exército de sua segurança.

Faixa presidencial – Dez presidentes não receberam a faixa presidencial, seja por morte, pela ausência da cerimônia de transferência ou impedimentos.

Estranho I – Estranho o procurador Augusto Aras ter recorrido do indulto concedido pelo presidente.

Além dele há ministro com posição dúbia e inconfiável, embora tenha se beneficiado do governo Bolsonaro, usufruindo benesses e agora lhe “dá as costas”.

Estranho II– A propósito, o comportamento dos "ingratos" está descrito na fábula de Esopo, quando a rã salvou a vida do escorpião, mas esse lhe inoculou veneno mortal, afirmando que “essa é a minha índole”.

E índole não se muda.

Fátima – A governadora Fátima Bezerra toma posse amanhã, 9 horas, na Assembleia Legislativa e viaja à Brasília para a posse do presidente Lula, em avião do governo da Paraíba.

12 mulheres – Em Uganda, Musa Hasahya, 67 anos, tem 102 filhos e 568 netos, de 12 mulheres diferentes “Como pode um homem ficar satisfeito com apenas uma mulher?", questionou Musa, que reside num país onde a poligamia é legal.

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