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Médica Nise Yamaguchi é ouvida, mas conselho de Medicina não deve recomendar uso amplo de cloroquina

Postado às 05h44 | 13 Abr 2020

Painel

Próximo round O Conselho Federal de Medicina deve se posicionar nos próximos dias sobre o uso da cloroquina para o coronavírus. A entidade já avisou o Ministério da Saúde que não encontrou na literatura científica nenhum estudo que comprove que o remédio funcione para o tratamento. A tendência, portanto, é de não recomendar o uso indiscriminado, apesar dos apelos de Jair Bolsonaro. A médica Nise Yamaguchi, que virou conselheira do governo, foi ouvida por três horas por integrantes do conselho, mas não os convenceu.

Ponto de vista “Foi uma belíssima reunião científica, com mais de 3 horas”, disse ​Nise ao Painel. De outro lado, de acordo com informações de bastidores, para conselheiros, o encontro serviu para que vissem que, de fato, ela não se baseia em nada científico, mas apenas na sua percepção.

Regras O conselho ainda discute, no entanto, qual modulação vai dar no posicionamento, se vai liberar médicos para prescrever a droga caso julguem necessário.

Apoio O plano do CFM é lançar um documento ao lado das sociedades de especialidades que têm relação com a doença, como as de Infectologia, Terapia Intensiva e Pneumologia.

Ringue A previsão é que o posicionamento das entidades seja o mais novo embate entre o presidente e Luiz Henrique Mandetta (Saúde). O ministro vai mandar se basear na orientação do conselho, na contramão do que quer Bolsonaro.

Veredito "Não há nenhum tratamento eficaz e seguro para o coronavírus. Não há estudo clínico que diga que ajuda ou não ajuda", disse o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clóvis Arns.

Varejo O Ministério da Justiça começou a entregar equipamentos de proteção a policiais nas fronteiras. A pasta teve dificuldades em encontrar fornecedores, problema generalizado no país. Luvas vieram da Malásia e os óculos e álcool em gel, de fabricantes brasileiros. Máscaras ainda virão da China. O gasto foi de R$ 2,5 milhões.

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