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"Mário e Bruno Covas" - Ney Lopes hoje no jornal "Agora RN"

Postado às 05h28 | 18 Mai 2021

Não conheci o prefeito de SP Bruno Covas, 41, lamentavelmente falecido neste final de semana.

Porém, convivi no Congresso Nacional com o seu avô, ex-governador Mário Covas, um dos homens mais dignos e preparados da vida pública brasileira.

Pela descendência, o seu neto herdou as mesmas características de conduta política

Amizade - Conheci o então Senador Mário Covas em 1988, quando ele liderava a Constituinte.

Ficamos amigos. Percebi nas suas posições duas virtudes, que ele as levou para o túmulo: lucidez e coragem.

Liberal- Sempre considerei Mário Covas um liberal verdadeiro. A história registra os liberais como revolucionários, irresignados, reformistas e nunca conservadores. Ele era assim.

Recordações – Nas conversas com Mário Covas, recordo a concordância dele com o verdadeiro liberalismo social.

Em um desses diálogos, registrado em artigo que escrevi, ele citava exemplos de liberais. Joaquim Nabuco, na luta pela libertação dos escravos.

Em 50, o apoio a campanha do “petróleo é nosso”. Sobral Pinto, que enfrentou a revolução de 64 e defendeu os direitos humanos.

Sonhos – Criança, Mário Covas tinha o sonho de ser presidente do Santos FC.

Depois, sonhou em ser presidente da República, Tentou em 1989 e perdeu. Em 2002 seria o candidato natural para suceder a FHC.

Antes, morreu de câncer na bexiga,

Esperança - Diante de deserto de lideranças no país, o prefeito Bruno Covas despontava com uma esperança de renovação.

Ele poderia chegar, onde o seu avô não chegou, que seria a Presidência da República.

Porém, morreu, deixando o Brasil deserto de uma opção confiável de liderança política.

Olho aberto

Consolidação – Mineiro trabalha em silencio.

O senador Rodrigo Pacheco já aceita ser candidato à presidência.

Entretanto, condiciona a acordo amplo em MG, unindo PSDB, PSD e todos os que não estão hoje com Bolsonaro, ou Lula.

MDB - Com a maior bancada do Senado e uma das maiores da Câmara, o MDB virou o fiel da balança tanto para Bolsonaro, quanto para Lula, na composição de alianças na sucessão presidencial.

Tendência – Para os analistas o MDB caminha para apoiar Lula, embora desfrute das benesses do governo, através dos líderes senador Fernando Bezerra, líder no Senado e Eduardo Gomes, líder no Congresso.

Cúpula – Os caciques peemedebistas fizeram as contas.

Têm votos na Executiva: Eduardo Braga, quatro votos; Renan Calheiros, quatro; Jader Barbalho três; Roberto Requião dois e Garibaldi Alves um voto.

Esse grupo, embora desminta, estaria já unido no apoio ao ex-presidente Lula.

Vice – Talvez por esse motivo, o deputado Walter Alves se antecipa e já dá sinais da chapa de 2022, ao lançar o nome do seu pai para o Senado. 

Numa composição do MDB com o PT, ele poderá ser indicado vice-governador; o pai deputado estadual (para presidir a Assembleia a partir de 2023) e Henrique deputado federal.

Quanto a Henrique, não há nenhum impedimento legal.

Lucidez – Convincente a explicação do ministro Rogério Marinho de que não existe orçamento secreto.

A lei orçamentária é aberta ao controle do Judiciário, Ministério Público, agências paraestatais e organizações não governamentais.

Palestina – Há 73 anos iniciou-se o confronto sangrento no oriente médio, com a expulsão em 1948 (criação de Israel) da população palestina do seu território.

Solução – O único caminho para a Paz duradoura será a criação de dois Estados, um israelense e outro palestino, vivendo lado a lado.

 

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