Postado às 06h05 | 29 Mar 2022
Uma realidade salta aos olhos: a seis meses da eleição não há chance da terceira via viável.
Prevaleceram os “egos” inflados e “desaforos” recíprocos entre pré-candidatos. A perspectiva é que ocorra plebiscito entre Lula e Bolsonaro, sendo possível a decisão no primeiro turno.
Muita água ainda vai rolar. Hoje, quem ganha, ou perde, com as oscilações nas pesquisas?
Votos I– Pesquisas confiáveis já mostram “migração” de votos, para Bolsonaro e Lula.
O crescimento do presidente, apontado no Datafolha, de 22% para 26% em março, ocorre no mesmo momento, em que Sérgio Moro e João Dória caem três pontos.
A hipótese é que eleitores arrependidos do atual presidente façam o caminho de volta e optem pelo “voto útil” para derrotar Lula.
Votos II – Já Lula poderá herdar votos de Ciro, embora o pedetista não desista. Todavia, na véspera do pleito, o “voto útil” poderá favorecer o petista, para derrotar Bolsonaro.
Fenômeno – Há um dado importante, que confirma tais prognósticos.
Segundo o Datafolha, 78% dos eleitores de Lula e 80% dos de Bolsonaro afirmam que não mudarão de voto.
Entretanto, a maioria dos eleitores de Moro, Ciro e Dória admite mudar: 63% (do ex-juiz); 72% de Ciro e 76% de Dória.
Tendência – Em princípio, o mais favorecido seria Bolsonaro, que herdaria fatias de Moro e Dória.
Há um grande obstáculo, que são os 55% de rejeição de Bolsonaro, contra 43% de Lula.
Com a economia em crise, tudo complica a reeleição.
Precedentes – Bolsonaro tem apenas 25% de “bom e ótimo”, na avaliação do seu governo.
Nas eleições passadas, todos os reeleitos estavam pelo menos 10 pontos à frente, nos seis meses antes da eleição.
Em 2006, ano em que se reelegeu, Lula tinha um índice de 38% nesse quesito, o mesmo patamar de FHC em 1998.
Dilma Rousseff registrava 36% de “bom e ótimo” em 2014.
Voto útil – Sabe-se que é complicado falar em voto útil.
Afinal, 180 dias restantes são muito tempo em política.
O que não se nega é que os sinais vêm das pesquisas, embora alguns só acredite nelas, quando lhes são favoráveis.
Se nada mudar nas sondagens, como diria o saudoso Jurandy Nóbrega, “quem for vivo verá! ”.
1° de abril – Em 2022, o primeiro de abril não será o dia da mentira, em relação as definições para a eleição de 2 de outubro.
Termina o prazo para a mudanças, inscrições em partidos e certas desincompatibilizações, para quem deseje ser candidato.
Silencio- O deputado Ezequiel Ferreira, lançado para o governo do RN pela oposição, até hoje não diz “sim”, nem “não”.
Parece seguir o provérbio árabe: “A palavra é prata, o silêncio é ouro”.
Consagração – Apoteótica a homenagem póstuma ao ex-prefeito Manuel Paulino, em Jardim do Seridó.
Presença significativa de líderes políticos e habitantes de municípios do Seridó.
Cumprimentos ao filho do homenageado, desembargador Claudio Santos e familiares, pelo evento, que faz justiça à memória de um homem público digno.
Dois pesos – A oposição aplaude, quando a Justiça proibiu o governo de usar redes sociais oficiais para promover o presidente Jair Bolsonaro.
Porém, considera antidemocrática, a decisão do TSE de proibir manifestações políticas, durante o festival Lollapalooza, inclusive puxando coro contra o mandatário.
Decisão- Hoje, às 16 h, jogo decisivo de Portugal com a Macedônia do Norte, para garantir a presença lusitana na Copa do Qatar.
R$ 50 milhões – Fala-se que, o governador Eduardo Leite exigiu do PSD de Gilberto Kassab 50 milhões de reais para a sua campanha à Presidência da República.
Kassab ficou de “consultar o partido” e não apareceu mais.
Leite então disse que ficará no PSDB e tentará ser o candidato.
Alerta – A OMS apela aos países para que continuem vigilantes face os riscos de casos da Covid 19.
Ultimamente, aumento de 8% dos casos globais.