Postado às 05h02 | 23 Jul 2020
Os líderes mundiais vão mandar vídeos em vez de se reunir fisicamente na sede da Organização das Nações Unidas em setembro devido à pandemia de coronavírus, decidiu a Assembleia-Geral na quarta-feira, uma medida que abre caminho para a participação de pessoas preocupadas em viajar para os Estados Unidos, como o governante norte-coreano Kim Jong Un.
A reunião anual seria uma celebração de uma semana do 75º aniversário do órgão mundial, mas o secretário-geral da ONU, António Guterres, sugeriu em maio que os líderes enviassem pronunciamentos por vídeos devido a possíveis problemas de viagem.
A Assembleia-Geral de 193 membros concordou na quarta-feira com as medidas especiais.
“Cada Estado-Membro, Estado Observador e a União Europeia podem enviar uma declaração pré-gravada de seu chefe de Estado, vice-presidente, príncipe herdeiro ou princesa, chefe de governo, ministro ou vice-ministro, que será representado na Assembleia-Geral ... após a apresentação de seu representante que estiver fisicamente presente”, de acordo com a decisão.
Tradicionalmente, centenas de eventos também são realizados à margem do debate da ONU, mas o presidente da Assembleia-Geral, Tijjani Muhammad-Bande, escreveu em uma carta aos Estados que “todos os eventos paralelos foram transferidos para plataformas virtuais a fim de limitar a presença e o número de pessoas no prédio da ONU”.
O coronavírus infectou pelo menos 15,1 milhões de pessoas e houve mais de 619.000 mortes registradas em todo o mundo, de acordo com contagem da Reuters. Nova York chegou a ser um epicentro global do vírus, que surgiu na China no final do ano passado.