Postado às 08h18 | 18 Jan 2022
Painel - Folha
Um dos principais defensores da chapa com Lula e Geraldo Alckmin, o ex-ministro José Dirceu (PT) tem dito a aliados que o ex-governador não agregaria apenas ganhos eleitorais, mas colaboraria na construção da governabilidade em um possível novo governo e, sobretudo, ajudaria a proteger de eventual impulso golpista de um Jair Bolsonaro (PL) derrotado.
Dirceu tem afirmado que a chegada de Alckmin ajudaria a formar um bloco de resistência democrática mais sólido, que poderia fazer com que o presidente ou seus aliados desistissem de movimentos antidemocráticos.
Se mesmo assim tentassem algo, encontrariam resistência baseada em uma base política mais ampla.
Em contrapartida, segundo a análise de Dirceu compartilhada por seus aliados, uma chapa formada exclusivamente por políticos de esquerda poderia fazer com que esse possível movimento golpista atraísse mais setores da sociedade.
No PT, o principal representante do campo contrário à aliança com Alckmin é o deputado federal Rui Falcão, que disse à Folha que o ex-tucano representa uma contradição a tudo o que o partido fez e quer fazer.
"Lula não precisa de uma muleta eleitoral", afirmou o parlamentar.