Postado às 05h58 | 08 Abr 2025
Ney Lopes
Ontem, 7, foi celebrado o Dia do Jornalista.
Uma profissão difícil de ser exercida nos dias atuais. Tornaram-se comuns dificuldades, que “comprometem a independência da atividade, tais como a concorrência das fake news nas redes sociais e o pior: a violência.
Relatório da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) mostra que, no ano de 2022, os jornalistas brasileiros foram vítimas de 557 ataques, 23% a mais do que no ano anterior.
Foram gritos, empurrões, socos, ameaças e intimidações, sofridos em pleno expediente ou fora dele”.
Também é expressivo o número de jornalistas que perdem a vida fazendo a “cobertura de conflitos armados em diferentes partes do mundo.
Em 2024, a ONG Repórteres sem Fronteiras contabilizou 54 mortos”.
No Índice Mundial de Liberdade de Imprensa de 2024, mais da metade dos países da região das Américas viram sua situação se deteriorar.
Ano após ano, o México continua a ser um dos países mais perigosos e mortais do mundo.
Para os jornalistas no panorama global, 48,5% dos casos registrados até o final de 2023 concentram-se nos países: China, com 121 jornalistas detidos, Birmânia, 69, Bielorrúsia, 39, e Vietnã, 36. Dentre os casos mais emblemáticos, está o do fotojornalista Sai Zaw Thaike, preso na Birmânia.
Brasil
A história do jornalismo brasileiro começou em 1808, ano da chegada da corte portuguesa ao Brasil.
"Durante o período de Dom João 6º, só se admitia a imprensa régia, isto é, meios de comunicação que estavam sob as asas do rei. Nesse ano, circulou pela primeira vez no país, de forma clandestina, o Correio Braziliense, editado em Londres pelo jornalista gaúcho Hipólito José da Costa.
A imprensa foi alvo da censura durante a ditadura instaurada pelo golpe civil-militar de 1964, que assumiu múltiplas formas: a lei da imprensa de 1967, a censura prévia, em 1970, a autocensura.
Fato que merece registro é a postura do jornal Estado de São Paulo. Há 50 anos, o Estadão começava a publicar poemas de Camões ao invés de notícias censuradas.
Versos do livro ‘Os Lusíadas’ foram publicados 655 vezes a partir de 2 de agosto de 1973 no lugar de notícias vetadas pela ditadura militar.
Em 1975, a novela Roque Santeiro da TV Globo sofreu censura da ditadura – e dessa vez na “cara” dos telespectadores que assistiram à abertura em cores na TV.
Em seguida, foi lido editorial tenso, pelo apresentador do Jornal Nacional Cid Moreira, narrando o veto da Censura Federal à novela das 8.
O jornalismo assume uma posição relevante como catalisador de difusão da informação. É o jornalismo que permite e possibilita a interpretação de fatos, inclusive internacionais, avaliando os argumentos e, em última instância, promovendo ações racionalmente motivadas.
O jornalismo se transforma em bússola de orientação permanente, de um mundo em mutação.
+ Mesmo ausentando-se do seu governo, Trump considerou Musk “fantástico” e “um patriota”. Disse: “Eu gosto de pessoas inteligentes, e ele é uma pessoa inteligente. Ele vai ficar um certo período de tempo e depois vai voltar para seus negócios em tempo integral. Mas ele está fazendo um trabalho fantástico.”.
+ Hoje, 7, o Dia Mundial de Combate ao Câncer. A data serve para conscientizar a população mundial sobre os cuidados de prevenção da segunda doença que mais mata pessoas. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
+ Estudo técnico avaliará obra de engorda em Ponta Negra, Natal. O prefeito Paulinho Freire não abre mão de proteger a orla marítima da capital potiguar. Aplausos!
1455 — Alfonso de Borgia se torna o Papa Calisto III (foi um dos três sumos pontífices espanhóis).
1719 — O bandeirante paulista Pascoal Moreira Cabral notariza ata da fundação de Cuiabá, território considerado espanhol pelo Tratado de Tordesilhas.
1820 — A Vênus de Milo é descoberta na ilha egeana de Milos.
1946 — Fundação da Universidade Federal da Bahia, em Salvador.
1963 — Fundação do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, em São Paulo.