Postado às 04h43 | 26 Out 2020
Diário de Notícias, Lisboa
A medida anunciada este domingo (25 de outubro) determina ainda o encerramento às 18.00 dos bares e restaurantes.
Após horas de negociação com as regiões italianas que pretendiam ajudas para os proprietários de bares e restaurantes, foi assinado esse novo decreto em vigor entre segunda-feira e o dia 24 de novembro.
O endurecimento das medidas surge depois do aumento exponencial de casos, tendo o país registado no sábado mais 19.644 casos e 151 mortes devido à covid-19.
A Itália segue com grande preocupação o aumento de pacientes internados, que já são 12.415 em todo o país, mais 817 em relação a sexta-feira.
Relativamente aos cuidados intensivos, os dados das autoridades de saúde italianas dão conta que estão nestas unidades 1.128 pessoas, mais 79 pessoas em relação a sexta-feira.
O novo decreto lembra a obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os momentos e é recomendável evitar receber visitas.
Embora tenha sido evitado o recolher obrigatório a nível nacional, que já existe em regiões como o Lácio, cuja capital é Roma, Campânia, Sicília, Calábria e Lombardia, as regiões têm o poder de encerrar as áreas onde se registem aglomerações a partir das 21 horas.
Restaurantes, bares, pubs, geladarias e confeitarias podem funcionar apenas das 5h às 18h, mas podem abrir aos domingos e feriados.
São permitidas apenas quatro pessoas por mesa, desde que não sejam do mesmo núcleo familiar.
Ginásios, piscinas e spas, bem como centros culturais, centros sociais, centros recreativos, salas de bingo, casinos e parques de diversões também devem ser fechados, enquanto os parques e parques infantis permanecerão abertos.
Teatros, cinemas e salas de concertos também estão encerrados, bem como os ao ar livre, sendo proibida toda a forma de organização de eventos e conferências presenciais.
A abertura das estações de esqui não será permitida, principalmente após as imagens deste sábado com longas filas e pessoas lotadas nos teleféricos.
O Governo não decretou a proibição da deslocação entre regiões, mas "recomenda veementemente a todas as pessoas que não se desloquem, por meio de transporte público ou privado, a um município que não seja o de residência, exceto para necessidades comprovadas de trabalhar ou estudar, por motivos de saúde".
Também introduz novas medidas para aplicar a educação à distância a pelo menos 75% dos alunos dos cursos de segundo grau do ensino médio, ou seja, maiores de 14 anos.
O presidente do Governo italiano, Giuseppe Conte, deve dar hoje uma conferência de imprensa para explicar o conteúdo do novo decreto.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 42,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.