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Inquérito de Ronaldinho no Paraguai se agrava com suspeita de lavagem de dinheiro

Postado às 04h45 | 17 Mar 2020

O inquérito que levou à detenção de Ronaldinho Gaúcho, ex-jogador da seleção brasileira, entra em uma nova fase nesta semana, quando procuradores se concentrarão no que acreditam ser um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a empresária que o convidou a ir ao Paraguai, Dalia López.

Investigadores começarão a analisar arquivos e mensagens no telefone do ex-jogador do Barcelona e do Milan e de seu irmão e empresário, Roberto Assis.

Osmar Legal, o principal procurador do caso, disse à Reuters que está investigando um laço entre os irmãos e Dalia López, a empresária que cuidou de sua visita e que os encontrou ao chegarem ao aeroporto de Assunção antes de eles serem detidos.

"Ela poderia estar envolvida em um esquema de lavagem de dinheiro, e isso significa que temos que investigar todas as outras pessoas que se relacionaram com este tipo de crime, inclusive Ronaldinho", explicou o procurador em uma entrevista. "É por isso que mantemos estritamente que ele seja mantido na prisão."

"Nossa hipótese principal é que eles produziram documentos falsos, que usaram estes documentos [para entrar no Paraguai] e que eventualmente eles seriam usados para algum fim comercial ou investimentos que não eram legais."

Ronaldinho foi preso com o irmão no dia 6 de março tentando entrar no Paraguai com um passaporte adulterado, apesar de brasileiros não precisarem de passaportes para ingressar no país vizinho.

Eles estão presos desde então. Um juiz negou fiança e se recusou a deixá-los em prisão domiciliar, dizendo que existe risco de fuga.

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