Postado às 07h44 | 07 Dez 2023
Jornal do Havaí noticiando o ataque japonês
Ney Lopes
Pouco antes das 8h, no domingo, 7 de dezembro de 1941, o Serviço Aéreo da Marinha Imperial atacou de surpresa a base naval americana de Pearl Harbor em Honolulu, Território do Havaí.
Os Estados Unidos eram um país neutro na II Guerra Mundial, que já fora deflagrada.
No dia seguinte (8 de dezembro) o Congresso dos Estados Unidos declarou guerra ao Japão.
O ataque foi reflexo do sentimento de superioridade que existia no Japão, no seu projeto de conquista e expansão territorial sobre as ilhas do Pacífico.
Ao longo de sete horas, houve ataques japoneses simultâneos às Filipinas, Guam e Ilha Wake, controlados pelos EUA, e ao Império Britânico na Malásia, Singapura e Hong Kong.
A base de Pearl Harbor foi atacada por 353 aeronaves imperiais japonesas (incluindo caças, bombardeiros de nível e mergulho e torpedeiros).
Dos oito navios de guerra da Marinha dos EUA presentes, todos foram danificados, com quatro naufragados.
A rivalidade do Japão com os EUA remonta à década de 1920.
Nesse período, os Estados Unidos vetaram uma série de exigências japonesas sobre territórios na China.
Além disso, a presença dos Estados Unidos nas Filipinas era um incômodo para os japoneses, uma vez que essa era uma região almejada pelo Japão.
O objetivo do Japão com o ataque realizado em 7 de dezembro de 1941 era a destruição completa da frota naval americana no Pacífico, o que garantiria caminho livre para expandir-se.
O saldo de destruição do ataque para os americanos foi de mais de 2000 mortes e cerca de cinco navios, que afundaram, além de muitos outros que foram danificados.
No Japão, o ataque a Pearl Harbor foi considerada uma grande vitória da Marinha japonesa.
Em poucos meses após o ataque a Pearl Harbor, os Estados Unidos passaram a dominar o conflito contra o Japão, com importantes vitórias que aconteceram na batalha de Midway e na batalha de Guadalcanal entre 1942 e 1943.
O conflito entre as duas nações, contudo, estendeu-se até 1945, quando o Japão se rendeu após o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki pelos Estados Unidos.
O curioso das ações bélicas do Japão é que o exército nipônico fora treinado por europeus e a marinha japonesa pela Royal Navy britânica, que inicialmente vendeu navios e armas.
Os japoneses aprenderam rápido e passaram a construir os seus próprios navios e em alguns casos superaram os seus mestres.
O falecido historiador americano John Toland (1912-2004) foi um dos estudiosos a defender a tese de que o ataque a Pearl Harbor não foi nenhuma surpresa para os governantes dos Estados Unidos.
O serviço secreto americano teria interceptado e decifrado mensagens dos japoneses, dando conta da iminência do ataque à base naval no Havaí.
Mas, o então presidente Franklin Delano Roosevelt teria preferido “fechar os olhos” para a agressão, pois queria convencer os americanos sobre a necessidade do país se juntar aos Aliados.
A data de hoje marca 82 anos do ataque à Pearl Harbor.
Uma página trágica para a humanidade..
O esforço é para que a Paz prevaleça sempre!