Postado às 07h14 | 21 Abr 2021
Correio Braziliense
O governo conseguiu adiar a instalação da CPI da Covid para, em campanha via redes sociais, tentar constranger os senadores e, assim, evitar a nomeação de Renan Calheiros (MDB-AL) para relator do colegiado. Esse mesmo recurso foi usado em 2019, quando os bolsonaristas, aliados de Davi Alcolumbre, começaram um movimento em todas as redes sociais, a fim de evitar a eleição de Renan para Presidência da Casa. Lá atrás deu certo. Agora, não dará.
Em conversas reservadas, senadores aliados ao Planalto já alertaram que esse “remédio” perdeu o efeito. O governo entrou tarde na articulação política dentro da CPI e até agora sequer buscou os integrantes do colegiado para organizar o seu jogo. Vai apostar nas redes sociais num momento em que a lógica é interna do MDB, o partido a quem cabe a indicação do relator.
Não contem com ele
Escolhido para presidir a CPI, o senador Omar Aziz (PSD_AM) já avisou a quem interessar possa que o MDB tem a prerrogativa de indicar o relator. O nome que for apresentado pelo líder do partido, Eduardo Braga, será nomeado para o cargo.
Onde está o perigo
O maior receio hoje do governo dentro da CPI da Pandemia de Covid-19 é, já nos primeiros depoimentos, o presidente Jair Bolsonaro se ver emparedado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que, ao lado do presidente dizia que ali “um manda, outro obedece”. Nesse sentido, da parte do governo federal, será debitado na conta do presidente Jair Bolsonaro.
Toma que o filho é teu
Os aliados do Planalto estão se preparando para tentar jogar as mazelas da covid no colo dos governadores. Porém, está difícil. Afinal, a compra de vacinas, por exemplo, é de responsabilidade do governo federal, dentro do programa de imunização