Postado às 06h25 | 18 Jun 2020
Em visita à fábrica Guararapes, na frente Nevaldo Rocha e o governador João Dória, de São Paulo. Atrás, o então presidente da Câmara Municipal de Natal, vereador Ney Lopes Jr.
Ney Lopes
Faleceu no final da noite de ontem, 17, o empresário Nevaldo Rocha. Reconhecidamente, um dos maiores empreendedores do país. Nascido em Caraúbas, aos 12 anos de idade, abandonou a escola e mudou-se para Natal, em busca de emprego.
Começou a trabalhar em uma relojoaria e, para melhorar as vendas, ia oferecer os produtos na base de aviadores que tinha na cidade.
A primeira loja de Nevaldo Rocha foi aberta em sociedade com o irmão Newton Rocha, chamada a "Capital", na década de 50, em Natal (rua João Pessoa),
Cerca de quatro anos depois, eles expandiram o negócio e abriram uma confecção própria. Ampliaram o negócio com novos postos de venda.
O chamado grupo Guararapes surgiu já na década de 60. A compra da Riachuelo veio em 1979, que logo se tornou uma rede competitiva no país.
Nevaldo acumulou patrimônio de U$ 1,7 bilhão de dólares, de acordo com levantamento da Forbes de 2017. Hoje, o grupo Guararapes possui fábrica de confecções, a Riachuelo, transportadora própria, cartões de crédito, shopping center, entre outras empresas.
Um homem vitorioso, que fez do trabalho persistente uma forma de ascensão social.
Morreu no edifício Varandas do Atlântico, a beira mar, na avenida Getúlio Vargas, em Natal.
Ontem, 17, aós chegar da fábrica no início da noite foi à varanda do seu apartamento e fitou o mar, por alguns minutos.
Em seguida, jantou e disse que iria tirar um "cochilo". Não viu TV, como fazia rotineiramente.
Morreu dormindo. Familiar ainda chamou o médico, porém já havia falecido, por volta de 22 horas.
Não apresentou nenhuma sintoma e o estado de saúde parecia normal. A causa mortis foi coração.
O corpo, no início da tarde de hoje, 18, foi trasladado em avião particular do grupo Guararapes para São Paulo.
O sepultamento será na capital paulista, no jazigo da esposa, Eliete Gurgel Rocha.
O editor associa-se ao pesar dos familiares e dos amigos.
O RN perdeu um nome de referência no empresariado nacional e internacional.
Que Deus o receba em Paz!