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Em manifestação, Bolsonaro diz estar legalizando cada vez mais as armas

Postado às 18h08 | 15 Mai 2021

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), chegou a cavalo na manifestação deste sábado (15/5), no centro de Brasília, acompanhado dos ministros Ricardo Salles, do Meio Ambiente, Tereza Cristina, da Agricultura, e Gilson Machado, Turismo, e Tarcísio Gomes, da infraestrutura. O Chefe do Estado pediu para que metade das pessoas que estavam no trio elétrico descessem para que eles subissem no veículo. Após a aparição, o presidente sobrevoou o protesto em um helicóptero do Exército. 

Durante a exibição diante dos manifestantes, Bolsonaro afirmou, sob aplausos, que está, "cada vez mais", legalizando as armas no Brasil. "Hoje, mais uma vez, para mostrar para alguns poucos, que vocês sabem a potência do nosso país. Confesso que as eleições estavam incertas, mas o destino quis que chegássemos aqui", discursou.

Bolsonaro disse conhecer a esquerda desde 1970, que há uma guerra ideológica no país, e que escalou ministros sob pressão, mas que o time "vem dando conta do recado". "Nosso patrimônio é a fé. Queremos que nossos filhos sejam melhores que nós. Mas não era assim. Nós levamos porrada 24 horas por dia. Mas as pessoas não entendem que eu sou 'imbroxável'".

Promessas

O presidente prometeu que deixará o país melhor do que o pegou, e atacou governadores e prefeitos. Disse que o governo lutou contra o desemprego, mas que a maioria dos que não tem emprego estão nessa situação "por causa de governadores e suas políticas sem embasamento científico".

O presidente voltou a elogiar o ministro Tarcísio Gomes e disse que ele tem feito muito que antecessores, e que pode dar certo em São Paulo. "Sei que muitos querem solução rápida para tudo. Hoje, meus 22 ministros estão alinhados para defender o governo com a própria vida, se possível for", disse. Os presentes gritaram "eu autorizo". "Não queremos confronto com ninguém, mas não ouse tirar os direitos do nosso povo", afirmou.

Ataques a Lula

Bolsonaro também voltou a chamar Lula de "bandido dos nove dedos" e o acusou de fazer campanha "para Chaves e Maduro, na Venezuela". Também chamou apoiadores às ruas. "Temos que nos arriscar. Mostrar o rosto", afirmou. "O que queremos em 22 (eleições de 2022), deputada Boa Kicis, é que o voto possa ser auditável. "Se não tiver voto auditável, esse canalha (se referindo a Lula) ganha as eleições por fraude no ano que vem", disse.

"Fazer a coisa certa é mais difícil, mas reconhecimento não tem preço. Vocês me colocaram aqui para fazer cumprir as leis e jogar dentro das quatro linhas da corrupção. Não podemos mais viver tantas arbitrariedades como vocês viram no último ano. Porque fomos presos", disse.

Bolsonaro afirmou buscar soluções para o preço do combustível, e elogiou os presentes. "O que eu faço, eu gostaria que os governadores fizessem. Lamentamos as mortes por covid-19 e as demais mortes do Brasil, mas temos que enfrentar esse problema. Devemos enfrentar. Se você foi frouxo na hora da angústia, sua força é pequena", falou para os presentes.

"Vocês estão reescrevendo a história do Brasil. Em vocês, nós confiamos. Não é vocês que estão comigo. Eu estou com vocês. Esse é um governo democrata que respeita seu povo e ama a liberdade", disse Bolsonaro seguido pelo Hino Nacional. 

Agradecimentos

Tarcísio Gomes disse que o presidente levará ferrovias, hidrovias e postos para o país, e agradeceu os presentes. Já o ministro do Turismo reclamou da imprensa. Disse que foi "flagrado" por jornalistas passando álcool em gel na mão. E que, como o governo não tem corrupção, a imprensa precisa fiscalizar ministros para que usem o produto.

O general Braga Neto, ministro da Defesa, também participou do evento, e afirmou que "o agro é a força do Brasil". "O exército vai protegê-los para que possam produzir em paz".

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