Postado às 06h49 | 10 Out 2020
Estado
Fora do meio jurídico, existem ainda dúvidas em relação à aprovação, pelo Senado, de Kassio Marques, indicado por Bolsonaro para cadeira no STF. Entretanto, segundo fontes políticas e do judiciário, a questão está dada.Desde a proclamação da República, somente cinco nomes escolhidos para o Supremo foram rejeitados pelo Senado. Todos eles durante o governo de Floriano Peixoto – entre 1891 e 1894. Desde então, nome posto, rei eleito.
No atual quadro político, aparentemente, o trâmite será fácil. Não é surpresa a torcida de David Alcolumbre, do Senado, que, aguarda sinal verde do STF para concretizar seu sonho: a própria reeleição. Gilmar Mendes e Dias Toffolli, por sua vez, tampouco escondem a ansiedade pela revisão, no STF, da prisão em segunda instância.
Contam com Ricardo Lewandowski e, agora, com o substituto de Celso de Mello. O que, supostamente, alterará o atual ‘status quo” dos votos no STF. Fato que agrada tanto Bolsonaro quanto Lula.
Fala-se supostamente por que tudo ainda pode ser… qualquer coisa: o desembargador Marques subiu no muro e declarou publicamente, esta semana, ser a favor da condenação à cadeia em segunda instância “dependendo do caso”.
Dependendo de qual caso? A colocação é política porque, ainda segundo fontes ouvidas pela coluna, o que poderá ser revisto ou não – a prisão depois da segunda instância – está diretamente atrelado ao que está escrito na Constituição.