Postado às 04h24 | 26 Out 2020
O povo nas ruas do Chile levado pela crise social.
Em plebiscito realizado neste domingo (25.out.2020), a maioria dos chilenos decidiu que o país deve ter uma nova Constituição.
As urnas seguem sendo apuradas, mas até 22h25, com 70% das urnas apuradas, os resultados apontavam 78% dos votos como favoráveis a uma nova Carta.
Além disso, 79% preferiam que o texto seja debatido por uma nova comissão a ser eleita posteriormente.
O texto atual, de 1980, foi elaborado ainda na ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990). É visto por grande parte da população como base das desigualdades gritantes do país, por promover a privatização dos serviços básicos.
O pleito ocorreu pouco mais de 1 ano depois do início dos protestos por mais igualdade social no Chile.
Os eleitores também decidirão se o texto deve ser redigido por uma convenção constitucional de cidadãos especialmente eleitos ou por uma convenção mista de legisladores e cidadãos, ou seja, com a participação de parlamentares.
Se o “sim” à reforma vencer, como apontam as pesquisas, a eleição dos membros do futuro órgão será realizada em abril de 2021.
O texto da nova Constituição, que deverá estar pronta em no máximo 1 ano, será ratificado em outro referendo, este com voto obrigatório. (Poder 360)