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Defendida por Bolsonaro, cloroquina pode causar distúrbios mentais

Postado às 15h49 | 01 Dez 2020

A agência de medicamentos da União Europeia (EMA, na sigla em inglês) alertou que o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina está associado ao risco de distúrbios psiquiátricos e comportamentos suicidas.

A declaração do órgão foi publicada na última sexta-feira, 27, em um comunicado após uma revisão de dados disponíveis sobre o medicamento. As informações são da Ansa.

A cloroquina e a hidroxicloroquina são utilizada no tratamento de malária e lúpus, e chegaram a ser divulgados como eficientes no combate ao novo coronavírus no início da pandemia. No entanto, depois de pesquisas, o uso dos medicamentos foi descartado.

“A revisão havia sido iniciada em maio de 2020, após a EMA ter sido informada pela Agência de Medicamentos da Espanha sobre seis casos de desordens psiquiátricas em pacientes com covid-19 que haviam recebido doses de hidroxicloroquina acima do autorizado”, diz o comunicado da agência de medicamentos da União Europeia.

No caso da hidroxicloroquina, a EMA afirmou que os efeitos colaterais podem aparecer no primeiro mês de tratamento. Já para a cloroquina, não existem dados suficientes para estabelecer prazos.

Cloroquina e Bolsonaro

O uso da cloroquina hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com covid-19 é amplamente defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mesmo após diversos estudos mundiais afirmarem sua ineficácia contra a Sars-CoV-2.

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