Postado às 08h01 | 14 Abr 2024
Ney Lopes
Hoje 14, início de noite e madrugada, terror em Israel.
O Irã lançou cerca de 300 mísseis e drones, em direção a Jerusalém e outras cidades.
Mais de 99% foram travados pelos sistemas de defesa e aliados de Telavive.
Apenas, uma base israelita foi atingida;
Israel está desde 2006 protegido por uma bolha, conhecida como "Cúpula de Ferro".
Desde a guerra com o Líbano esse artefato protege Israel de ataques aéreos e consegue interceptar a maioria dos explosivos
A tecnologia determina a trajetória do míssil inimigo e, se áreas urbanas estiverem sob ameaça, lança um míssil interceptor para neutralizar a ameaça em pleno ar.
Os EUA, Inglaterra e Jordânia também interceptam drones.
Nem sempre houve litígio entre Irã e Israel.
Dois anos após a criação do Estado de Israel, o Irã tornou-se, em 1950, o segundo país muçulmano, após a Turquia, a reconhecer o novo país.
O Irã abrigava a maior comunidade judaica do Médio Oriente.
Israel, na época, mantinha uma importante missão diplomática no Irã e importava 40% das suas necessidades de petróleo desse país em troca de armas, tecnologia e produtos agrícolas.
A colaboração foi tão estreita que a temida polícia secreta iraniana, o Savak, é criada em 1957 com a ajuda da CIA americana e depois da Mossad israelita.
Em 1979, com a instauração da República Islâmica, o Irã corta todas as suas relações oficiais com Israel, deixando de reconhecê-lo.
No entanto, os laços comerciais informais permanecem.
Em 1980, a Jihad Islâmica, de inspiração iraniana, torna-se a primeira organização palestina islamista a usar armas contra Israel.
Em 1982, Israel invade o Líbano para pôr fim aos ataques palestinianos desse país vizinho, então em plena guerra civil.
A Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, ajuda a criar o Hezbollah, um movimento xiita que se implanta no sul do Líbano e lança uma luta armada contra Israel.
Israel acusa o Irã e o Hezbollah de estarem envolvidos em numerosos ataques contra interesses israelitas ou judeus no exterior.
Com a eleição de Mahmud Ahmadinejad em 2005, a tensão aumenta.
O presidente ultraconservador defende em várias ocasiões o desaparecimento de Israel e chama o Holocausto de "mito".
Naquele mesmo ano, o Irã retoma as suas atividades de enriquecimento de urânio.
Em julho de 2015, o Irã conclui com as grandes potências ocidentais um acordo para limitar o seu programa nuclear.
"Israel não está vinculado a esse acordo [...] porque o Irão continua a querer a nossa destruição", alertou na época o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que insiste que o objetivo iraniano é a bomba atómica.
Futuro incerto
Como cita a BBC em seu informativo, com a pele de um rinoceronte e uma convicção absoluta na justiça da sua causa, o primeiro ministro Netanyahu investe ainda mais fundo contra Gaza e os palestinos.
O primeiro-ministro de longa data também emitiu uma ameaça direta ao Irã.
“Estabeleci um princípio claro: quem nos machuca, nós o machucamos. Nos protegeremos de qualquer ameaça e faremos isso com compostura e determinação”.
Ele é um sobrevivente, mas seus problemas estão aumentando.
Ninguém pode prever, o que acontecerá!