Postado às 04h57 | 13 Mar 2020
Guga Chacra
Cerca de um mês atrás, Donald Trump parecia estar mais próximo do que nunca de se reeleger. Sua popularidade havia atingido um de seus maiores níveis desde o início de seu mandato. Os índices da Bolsa de Valores em Nova York batiam recordes. Taxa de desemprego seguia abaixo de 4% e o PIB em crescimento.
Para o cenário ficar ainda mais favorável para o presidente, a primária democrata estava indefinida, pulverizada e havia enorme risco de a convenção do partido ocorrer ainda sem um candidato definido.
Nestas duas últimas semanas, tudo mudou. O coronavírus chegou com força aos EUA. Até agora, a performance de Trump para lidar com a epidemia tem sido criticada. Sua popularidade já começou a cair, segundo a média de pesquisas do site de estatísticas Fivethirtyeight. As Bolsas de Valores enfrentam o seu pior momento desde a crise financeira de 2008. O risco de recessão se acentuou.
No campo político, Joe Biden praticamente se consolidou como candidato democrata. Na visão da própria campanha de Trump, o ex-vice-presidente seria o adversário mais complicado eleitoralmente.
Claro que a eleição ainda está distante. Mas não será fácil. Tudo dependerá do impacto do coronavírus nos EUA.