Postado às 05h39 | 13 Abr 2020
A Smithfield Foods, maior processadora de carne suína do mundo, anunciou neste domingo o fechamento de sua fábrica no estado da Dakota do Sul, nos Estados Unidos, por tempo indeterminado devido a uma explosão de casos do novo coronavírus entre funcionários.
Em comunicado, a empresa alertou que os EUA estão se movendo "perigosamente perto do limite" para o suprimento de alimentos para supermercados. A planta é responsável por cerca de 5% de toda produção de suínos do país.
As paralisações dos matadouros já atrapalham a cadeia de suprimento de alimentos dos EUA, diminuindo a disponibilidade de carne nas lojas e deixando os agricultores sem pontos de venda. Outros grandes processadores de carne dos Estados Unidos e de aves, incluindo Tyson Foods Inc, Cargill Inc e JBS EUA já estavam com plantas ociosas em outros estados.
Segundo a Bloomberg, foram relatados óbitos de funcionários de frigoríficos de propriedade da JBS SA e da Tyson Foods Inc, por exemplo.
Em comunicado, a Smithfield afirmou que estendeu o fechamento de sua fábrica em Sioux Falls, Dakota do Sul, depois de inicialmente dizer que ficaria ociosa temporariamente para limpeza. A instalação é uma das maiores unidades de processamento de carne suína do país.
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A governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, afirmou no sábado que 238 funcionários de Smithfield tiveram casos ativos do novo coronavírus, representando 55% do total de casos confirmados no estado.
Noem e o prefeito de Sioux Falls recomendaram, na oportunidade, que a empresa fechasse a fábrica, que tem cerca de 3.700 trabalhadores, por pelo menos duas semanas.
- É impossível manter nossos supermercados estocados se nossas fábricas não estiverem funcionando - disse o executivo-chefe da Smithfield, Ken Sullivan, em comunicado no domingo - Esses fechamentos de instalações também terão repercussões graves, talvez desastrosas, para muitos na cadeia de suprimentos, primeiro e acima de tudo os criadores de gado de nosso país.
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Smithfield disse que retomará as operações em Sioux Falls após mais orientações de autoridades locais, estaduais e federais. A empresa pagará aos funcionários pelas próximas duas semanas, de acordo com o comunicado.
A empresa está operando suas fábricas para fornecer aos consumidores norte-americanos durante o surto, disse Sullivan.
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- Temos uma escolha gritante como nação: ou vamos produzir alimentos ou não, mesmo em face do Covid-19 - disse.