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Com ACM Neto contra indicação de João Roma, cresce pressão para Marcos Pereira assumir pasta da Cidadania

Postado às 06h33 | 12 Fev 2021

Painel

Após ofensiva do presidente do DEM, ACM Neto, contra a indicação do deputado João Roma (Republicanos-BA) ao Ministério da Cidadania, a nomeação, que chegou a ter o aval de Jair Bolsonaro (sem partido), está em aberto.

O acerto com o Palácio do Planalto prevê que a vaga, hoje ocupada por Onyx Lorenzoni (DEM-RS), será do Republicanos. Integrantes do partido chegaram a sugerir ao presidente o nome de Marcos Jorge​, que foi secretário executivo do Ministério da Indústria no governo Michel Temer e assumiu a pasta por um ano. Ele, porém, enfrenta resistências no governo.

Diante do imbróglio, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, passou a estudar a possibilidade de colocar o próprio nome à disposição. Aliados do deputado avaliam que a nomeação dele pacificaria a situação. Antes, Pereira rechaçava a ideia de assumir um ministério. O martelo será batido após o Carnaval, quando Onyx migrará para a Secretaria-Geral da Presidência.

Aliados de Roma não descartam ainda que ele possa efetivado, mas reconhecem que as chances diminuiram.

Nesta quarta (10), Neto conversou com o próprio Pereira sobre o assunto e avisou a integrantes do Palácio do Planalto que ficaria contrariado caso o parlamentar fosse efetivado.

Roma é amigo do ex-prefeito de Salvador e trabalhou no gabinete quando ele comandou a cidade. O argumento de Neto é que a nomeação de um dos seus braços direitos o vincularia diretamente ao governo federal, o que ele quer evitar.

A resistência dele, porém, gerou um problema para o governo e o partido. Bolsonaro chancelou o nome de Roma e disse a aliados que o deputado teve aprovação unânime de seus auxiliares.

Antes de Roma, outro deputado da Bahia havia sido sugerido para o cargo: Márcio Marinho. Houve, porém, avaliação de integrantes da bancada do Republicanos de que faltava experiência ao parlamentar.

Além disso, deputados ligados à Universal não gostaram da ideia de que um bispo da igreja assumisse o Ministério pelo receio de ressuscitar polêmicas envolvendo outro integrante da corrente evangélica.

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