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Cenários nas eleições americanas. Quem poderá ganhar?

Postado às 05h10 | 05 Nov 2020

Agência de notícia de Portugal

Os norte-americanos acordaram hoje, pelo segundo dia consecutivo, sem Presidente, quando faltam contar os votos em cinco “estados chave” – Arizona, Geórgia, Carolina do Norte, Nevada e Pensilvânia.

Estes estados alertaram quarta-feira que necessitam de mais horas, talvez até de dias, para contar os votos por correspondência que chegaram em números históricos devido à crise pandémica.

Eis o que se passa em cada um deles:

Os cenários de vitória são estes:

A candidatura de Trump vai avançar com processos judiciais em Wisconsin, Michigan e Geórgia devido a alegadas irregularidades no processo de contagem, sendo que no Wisconsin e na Geórgia também está a ser considerada uma recontagem de votos.

Durante a noite somaram-se vários protestos quanto ao processo eleitoral. De um lado, apoiantes de Biden exigiram às autoridades que se mantivesse a contagem dos votos, apesar da pressão de Trump para não se incluirem alguns boletins enviados já depois da hora estipulada. Do outro, os adeptos de Trump dividiram-se consoante o estado entre tentar parar as contagens ou exigir que estas decorram até ao fim. Este vídeo é a melhor demonstração possível dessa dualidade:

Arizona: Vários meios de comunicação já anunciaram a vitória deste estado para Joe Biden, o que, confirmando-se, será mais uma viragem de um estado republicano para o lado democrata. No entanto, a pressão aumenta já que, à medida que os votos vão sendo contados, a vantagem de Biden vai diminuindo. Os democratas seguem com 50,7% face aos 47,9% dos republicanos, com 86% dos votos contados. Há muitos boletins por processar, pelo que os resultados finais só deverão ser conhecidos ao longo do dia;

Geórgia: É o caso diametralmente oposto ao Arizona. Estado tradicionalmente republicano, pareceu uma vitória garantida para Trump. No entanto, nas últimas 24 horas a margem de votos entre os dois candidatos passou de 372 mil votos para uns meros 26 mil a favorecer o atual presidente, que tem 49,6% contra os 49,1% de Biden. Estão contados 95% dos votos; porém, a grande maioria que falta contabilizar é proveniente de condados democratas. Alguns condados, como DeKalb, já conseguiram finalizar as contagens. Outros, como Fulton (onde se localiza a capital, Atlanta), esperam fazê-lo nas próximas horas;

Pensilvânia: É outra das grandes incógnitas e a sua conquista pode determinar o fim da indefinição eleitoral. Havendo ainda 763 mil votos por correspondência por processar, os resultados finais só se saberão possivelmente até sexta-feira. O estado tem tido a liderança de Trump desde o início das contagens, mas esta também está a baixar drasticamente. Como já foi mencionado, a sua vantagem passou de 600 mil para 190 mil votos e faltam contar muitos boletins de bastiões democratas, como Filadélfia e Pittsburgh. Neste momento, porém, seguem os republicanos na liderança com 50,7% e seguem os democratas com 48,1%, com 89% dos votos contados;

Nevada: É outro estado onde a indefinição é grande, e as respostas finais só serão sabidas daqui a várias horas. Biden segue à frente, mas com uma vantagem de menos de oito mil votos perante Trump, tendo 49,3% dos votos perante 48,7% do presidente, com 86% dos votos contados. A expectativa, contudo, é que a vantagem democrata aumente, já que faltam contar muitos votos do condado de Clark, onde se localiza Las Vegas, cidade que vota tendencialmente azul;

Carolina do Norte: É o mais linear dos estados, sendo que ainda não foi anunciado para Trump devido ao atraso da contagem de votos. Com 95% dos votos contados, os republicanos lideram com 50,1% dos votos, os democratas seguem com 48,7%. Ainda à votos citadinos por contabilizar e estes aumentarão a margem democrata, mas os analistas apontam a Carolina do Norte como um estado que manter-se-à vermelho.

Para Biden, com 253 votos, se vencer no Arizona, significando 11 votos do Colégio Eleitoral, apenas precisa do Nevada, que tem 6, para chegar aos 270 necessários para vencer. Se o caminho for pela Geórgia, o que é menos provável, Biden fica apenas a precisar de mais um delegado, já que este estado tem 16 votos (e, aqui, o Nevada volta a ser decisivo). Supondo-se que estes dois caminhos ficam barrados, a última hipótese é a Pensilvânia, que com 20 votos, faria a sua candidatura ultrapassar os delegados necessários;

Trump tem, neste momento, apenas 214 votos no Colégio Eleitoral. Se considerarmos que os votos da Carolina do Norte (15) e do Alasca (3, sendo que a vitória aqui está praticamente garantida para os republicanos) são um dado adquirido, o presidente passa a ter 232. Aqui, precisa de uma combinação de dois destes três fatores: manter a Geórgia, ultrapassar Biden no Arizona e garantir Pensilvânia.

A candidatura de Trump vai avançar com processos judiciais em Wisconsin, Michigan e Geórgia devido a alegadas irregularidades no processo de contagem, sendo que no Wisconsin e na Geórgia também está a ser considerada uma recontagem de votos.

Durante a noite somaram-se vários protestos quanto ao processo eleitoral. De um lado, apoiantes de Biden exigiram às autoridades que se mantivesse a contagem dos votos, apesar da pressão de Trump para não se incluirem alguns boletins enviados já depois da hora estipulada. Do outro, os adeptos de Trump dividiram-se consoante o estado entre tentar parar as contagens ou exigir que estas decorram até ao fim. 

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