Postado às 06h03 | 13 Jul 2021
Hoje, o debate político nacional gira em torno de como chegará o presidente às urnas em 2022, se Lula terá chances de ganhar a eleição e qual será o destino da falada terceira via.
Não há quem possa responder.
Apenas previsões, após as últimas pesquisas do IPEC, Vox Populi e Datafolha.
Reeleição – Embora o bolsonarismo seja contra as pesquisas são elas que o colocam ainda no páreo da reeleição.
O governo mantém percentual entre 20% e 25%, de ‘bom ou ótimo’.
Equivale a um quarto, ou um quinto do eleitorado.
Nesse patamar, Bolsonaro terá chance de ir ao segundo turno.
Mudanças - Para crescer eleitoralmente, o presidente terá que reduzir o desemprego, a inflação e recuperar-se do mau desempenho na pandemia.
O eleitor tem memória curta, e se ocorrerem mudanças visíveis para a população, a partir de meados de 2022, o quadro da reeleição pode melhorar.
Articulação – O ex-presidente Lula mostra bom desempenho nas pesquisas.
Porém, alguns fatores precisam ser ponderados.
Há cerca de 40% do eleitorado, que não definiu candidato.
As ações penais em tramitação poderão “estourar” na campanha, até com novas condenações e repercussões negativas.
Dificuldades - Os desgastes do petismo, pelas acusações de corrupção, criaram barreiras de interlocução, com as instituições da República e o empresariado.
Tudo dificultará muito o percurso do lulismo.
Novo nome – A “terceira via” é imponderável. Para crescer, necessitará de unidade em torno de um nome, que não será fácil.
A hipótese que poderá viabilizar o “centro” seria a redução da aprovação do governo e de Bolsonaro, com a saída do apoio da chamada direita liberal, ficando apenas a ala fanática e radical, que representaria cerca de 10 a 12% do eleitorado, segundo pesquisas.
Com essa "fatia" de apoio, originária de quem votou em Bolsonaro por falta de opção em 2018, a terceira via tentaria crescer, atraindo parte do segmento de 40% de indecisos, que não sabe em quem votar, no qual estão eleitores de várias tendencias, até da esquerda não radical e de bom senso.
Outro fator que estimula a "terceira via" são as pesquisas mostrarem rejeição elevada tanto de Bolsonaro quanto de Lula, à volta de 50%, dando a certeza da viabilidade de um terceiro nome.
O grande obstáculo seria a "pulverização" de nomes, dividindo os votos e favorecendo que Lula e Bolsonaro cheguem no segundo turno, mantendo a radicalizaçao atual, o que convém aos dois.
Dependência – A verdade é que a disputa presidencial de 2022 ainda depende do “se”.
Como tal, tudo poderá acontecer.
Em tempo - Hoje a coluna do jornalista Claudio Humberto, no Diário do Poder, editado em Brasília, DF, divulga:
O mineiro Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, deve abandonar seu atual partido, o DEM, para se filiar ao PSD no próximo mês de outubro. O ato de filiação deverá ser festivo, em convenção partidária, e marcará o início de sua campanha à presidência da República. A ideia original foi do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, quem primeiro se convenceu da viabilidade da candidatura presidencial de Pacheco.
Fiesp – A eleição do empresário Josué Gomes, filho do vice-presidente de Lula nos dois mandatos, José Alencar, para a presidência da Fiesp foi recebida com euforia pelo PT.
Seria a “porta aberta” para o partido voltar a transformar a "avendia paulista" em verdadeiro "paraíso", com o apoio incondicional dado a bancos e grandes empresas, como aconteceu nas administrações de Lula e Dilma.
Infelizmente, esse "apoio" limitou-se aos grandes conglomerados econômicos e não chegou aos médios e pequenos empreendedores.
Manifestação – As oposições esperam colocar multidões nas ruas, no próximo dia 24, no protesto programado contra o governo federal.
Há quem aconselhe não arriscar para evitar fracasso.
Armas – Constata-se que o número de armas registradas na Polícia Federal cresceu 90% de 2019 para 2020, o maior já verificado
São Paulo - O ex-governador Geraldo Alckmin dá sinais de que irá para o PSD de Gilberto Kassab e será candidato ao governo paulista. Na chapa, Márcio França, do PSB, seu vice no último mandato que exerceu.
Sofrimento – Enquanto isso, o governador João Dória encontra dificuldades para consolidar o candidato tucano ao governo paulista, o seu vice, Rodrigo Garcia.
A vitória de Dória nas prévias presidenciais do PSDB é duvidosa. Eduardo Leite (RGS) é visto como renovação num partido que não se renovou.
Inveja – O senador Rodrigo Pacheco já teria tomado a decisão de trocar o DEM pelo PSD, segundo o jornalista Claudio Humberto (nota acima).
Hoje, ele enfrenta a inveja política de Arthur Lira, presidente da Câmara, que cumpre ordens para torpedear a possível candidatura de Pacheco à presidência da República.