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Bolsonaro ignora estudo brasileiro e defende escolha do uso de cloroquina

Postado às 04h23 | 24 Jul 2020

Após pesquisa brasiliera dizer que cloroquina não serve para covid-19, Bolsonaro voltou a defender que o paciente possa usar o remédio na noite desta quinta-feira (23/7). Em live, transmitida pelo Facebook, o presidente disse mais uma vez que não está recomendado o medicamento, porém que o paciente deve ter a escolha de poder usá-lo mesmo sem comprovação científica. 

 "Estou muito bem, graças a Deus. Dois ministros foram infectados e começaram imediatamento a tomar a cloroquina. Não estou recomendando para ninguém, não. Eu tomei e, 12 horas depois, estava me sentindo muito bem. A mesma coisa me reportaram o Onyx e o Milton", afirmou, se referindo aos ministros da Cidadania e da Educação, infectados pelo coronavírus. 

 O presidente lembrou, no entanto, que não existe comprovação da eficácia do medicamento. "Falando em ciência até me lembrei do Mandetta (ex-ministro da Saúde). Não existe comprovação científica, mas não é porquê não existe, nem é nem não é recomendado. Está em estudo ainda. O médico tem que ter essa liberdade de prescrever", defendeu. 

 

Nesta quinta-feira, um estudo brasileiro afirmou que a hidrocloroquina não funciona para tratamento de covid-19. A pesquisa acompanhou quase 700 pacientes e concluiu que não há diferença entre quem usa o remédio e quem não usa. Além disso, os pacientes que usaram tiveram maior tendência a desenvolver problemas cardíacos e no fígado. Um outro estudo alemão, pubiicado na quarta-feira, também afirmou que o remédio não tem eficácia.  

 Sem máscara

Diagnosticado com covid-19, o presidente foi visto, nesta quinta, sem máscara falando com garis. Na live, Bolsonaro não comentou o caso, mas disse que como ainda está com o vírus não pode ter contato direto com outras pessoas.  "Eu não posso sair na rua, só posso depois que tiver negativado", afirmou. 

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