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"Bolsonaro e o novo Ministro " - Ney Lopes no jornal "Agora RN"

Postado às 04h56 | 18 Mar 2021

O médico paraibano Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia e diretor do hospital da Unimed em João Pessoa, foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como substituto do general Eduardo Pazuello, no Ministério da Saúde.

Inegavelmente, profissional da saúde de alta qualificação, assume o cargo diante dos desafios de aumento diário de casos e mortes da pandemia, baixa taxa de vacinação, UTIs lotadas, baixo isolamento social e surgimento de novas variantes.

PT-O secretário da saúde do governo “petista” da Bahia, Dr. Fábio Vilas-Boas, avalizou a indicação, ao exaltar a “excelente capacidade de articulação do indicado”, o “dom do diálogo”, o que “será importante neste momento de pandemia”.

Prognósticos – A grande indagação nacional é se dará certo a substituição, sobretudo após o novo ministro afirmar, que a política de saúde não será dele, mas sim do Governo e que lhe cabe executar.

Covid política – Para manter a sua biografia comprometida com a ciência, o Ministro terá que exercitar a virtude da franqueza e dialogar com o presidente, dizendo-lhe: “sou médico há 30 anos e conheço a comunidade cientifica brasileira.

"Por lealdade, se a pandemia não regredir em curto prazo, surgirá a variante da “covid política”, que trará irreversíveis prejuízos sociais, econômicos e políticos ao seu governo”.

Remédio – Feito esse diagnóstico sincero ao presidente, o Ministro Queiroga terá que ter a certeza de Bolsonaro adotar, de agora por diante, como política de saúde, as regras sanitárias recomendadas por todos os países do mundo, até como forma de evitar o colapso da economia.

Conselho- A propósito, o Cardeal Richelieu, político francês e primeiro-ministro de Luís XIII aconselhava: “é necessário ouvir muito e falar pouco, para se agir bem no governo”.

Radicalizações - Para isso acontecer, a classe política terá que não acirrar ânimos, num país com a tragédia em marcha e deixar para 2022 o julgamento do presidente Bolsonaro.

Agora, é necessária Paz para sepultar os mortos e cuidar dos vivos.

Dilema- Caso o novo ministro não consiga esse compromisso do presidente, terá razão o príncipe Falconieri, do romance de Lampedusa “O Leopardo”: “tudo deve mudar para que tudo fique como está”.

OLHO ABERTO

Emergência - A maior parte do público do auxilio emergencial deverá receber a menor cota do benefício, no valor de R$ 150. O pagamento das novas parcelas começará em abril.

As regras são mais apertadas do que em 2020, quando o auxílio pagou cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300, com cotas em dobro para as mulheres chefes de família

Nova variante - Especialistas creditam a alta recente no número de casos da covid-19 no país, principalmente à variante P.1, inicialmente detectada em Manaus

Tangará- Ato qualificado como arbítrio foi praticado pelo atual prefeito de Tangará Dr. José Airton Bezerra, ao demitir sumariamente auxiliares, sob pretexto de indicação do seu vice, Augusto César Alves. A competência de nomear e demitir é do prefeito. Os próprios correligionários exigem justificativas para as demissões.

MDB - Rodrigo Maia irá para o MDB, mas ainda precisa do aval do DEM, para preservar o mandato.

Crise - Parlamentares da base aliada defendem jogo duro em plenário, após presidente ignorar sugestões de Arthur Lira para Ministério da Saúde.

Compromisso – O médico Marcelo Queiroga disse a parlamentares que o presidente garantiu a ele carta branca para montar sua equipe.

Essa mesma promessa já foi feita a outros ministros, que saíram do governo.

 

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