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Bolsonaro cancela visita à Mossoró, RN, e causas podem ser "políticas" e gravidade do coronavirus

Postado às 09h25 | 12 Mar 2020

O presidente Jair Bolsonaro cancelou sua visita à Mossoró, RN, na tarde de hoje. 12.

Ao contrário do que havia sido anunciado, os ministros não virão a Mossoró. Portanto, se trata de completo cancelamento da visita presidencial.

Não foram divulgadas as razões do cancelamento.

O principal motivo, sem dúvida, é a rápida disseminação do coronavirus no país. Ao contrário do que declarou o Presidente, minizando o agravamento do quadro, o número de infectados no país vem crescendo geometricamente, levando a necessidade de medidas urgentes na área da saúde pública.

Além da grave conjuntura de disseminação do coronavirus em território brasileiro, há razões políticas que exigiram a presença do Presidente e seus ministros em Brasilia, levando ao cancelamento da visita à Mossoró.

As hipóteses são de que tenham concorrido o impasse do Congresso Nacional com o governo federal, agravado na noite de ontem, quando houve choque em reunião entre o Miniistro Paulo Guedes e lideranças políticas.

Sobre mais um desentendimento de Guedes com a classe política, o ESTADO registra na edição de hoje:

"aumentou o desgaste com o Congresso ao participar de uma reunião de emergência sobre os efeitos do avanço do novo coronavírus. Deputados e senadores disseram que ele quis dar aula de história, "enquadrar" o Legislativo e eximir o Executivo de responsabilidade, quando se esperava que apresentasse medidas concretas de curto prazo como resposta à crise global.

"Alguns congressistas se retiraram da sala para demonstrar o descontentamento e começou um burburinho.

Outra agravante na crise política é que a situação do ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo (Segov), responsável pela coordenação política, é muito delicada. Sua possível saída foi tema de uma reunião na noite desta quarta-feira (11) no Palácio da Alvorada.

Ramos ficou muito fragilizado com o impasse com o Congresso em torno do controle do Orçamento. Bolsonaro passou a crer que foi induzido a erro por seu principal articulador político, que teria fechado um acordo que passou bilhões do Orçamento para o controle dos parlamentares.

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