Postado às 04h23 | 17 Set 2020
O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, rejeitou nesta quarta-feira a acusação do presidente Donald Trump de que ele está espalhando o medo sobre a segurança de uma potencial vacina contra o coronavírus, exigindo que Trump deixe a questão com os cientistas e não apresse o desenvolvimento de um imunizante.
"Que fique claro: eu confio nas vacinas, eu confio nos cientistas, mas eu não confio em Donald Trump", disse Biden. "Nesse momento, o povo americano também não pode confiar".
Biden alertou contra a tentativa de apressar uma vacina ainda não finalizada para antes das eleições do dia 3 de novembro.
Trump, que já acusou Biden e sua campanha de provocarem a dúvida entre os norte-americanos sobre a eficiência de uma vacina, disse a jornalistas na Casa Branca que Biden deveria parar de promover "teorias antivacinação".
"Eles estão colocando vidas em perigo de maneira imprudente. Você não pode fazer isso", disse Trump, que previu que pelo menos 100 milhões doses de uma vacina contra o coronavírus sejam distribuídas até o final de 2020 no país.
O coronavírus causou cerca de 195 mil mortes nos Estados Unidos, número mais alto do que em qualquer outro país, além de milhões de empregos perdidos, se tornando uma questão central na campanha presidencial.
Trump repetidamente minimizou os riscos da Covid-19, especialmente no início da crise, e também foi criticado por ignorar ou contestar avisos de cientistas e de autoridades de saúde.
Ao discursar em sua cidade, Wilmington, no Delaware, Biden argumentou que tal vacina deveria ser aprovada apenas se atendesse aos rigorosos padrões de Segurança.
"Descobertas científicas não ligam para calendários, assim como os vírus. Eles certamente não atendem a ciclos eleitorais. Seu timing, aprovação e distribuição, não deveriam nunca ser distorcidos por preocupações políticas", disse o democrata.