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Atualidade: “Casamento com poliandria”

Postado às 19h28 | 08 Fev 2025

Ney Lopes

Omundo islâmico reascende debate sobre a aprovação, em alguns países, da poliandria, que permite à mulher ter mais de um marido ao mesmo tempo. Esse direito já é concedido aos homens e é praticado no Planalto do Tibete (uma região compartilhada pela Índia, Nepal e a Região Autônoma do Tibete da China) e as Ilhas Marquesas, no Pacífico Sul. No Brasil, o casamento de uma mesma pessoa com mais de uma pessoa é vedado por lei como bigamia, punível com pena de reclusão de dois a seis anos, e é válido para todo cidadão brasileiro, inclusive os naturalizados.

Legalização

No mundo todo, mais de 30 países têm a poligamia legalizada. E, em mais de 40, a prática é aceita pela população ou vista como legal para um grupo específico de pessoas. Há correntes de pensamento, defendendo que nos países onde os homens morrem cedo, as mulheres normalmente não fazem parte do mercado de trabalho e as redes de segurança tradicionais são escassas, a poligamia seja vista como positiva. Em locais onde os homens morrem jovens, as condições são difíceis, as mulheres normalmente não fazem parte do mercado de trabalho e as redes de segurança social são escassas, a poligamia ainda pode ser vista como uma boa solução para garantir que as mulheres e as crianças tenham apoio.

Protestos

Ao contrario de países árabes, mulheres da Tunisia fazem reiteirados protestos exigindo poligamia, que hoje é crime no país. A Tunísia ficou em quarto lugar no mundo árabe e em primeiro no norte da África em porcentagem de mulheres solteiras. 

As mulheres iranianas ainda se opõem à legalização da poligamia, dizendo que ela enfraquece seu papel e status em casa e na sociedade. Recentemente, a Rússia emitiu uma decisão histórica, permitindo que os homens tenham várias esposas em circunstâncias específicas. O marido é obrigado a “fornecer apoio material igual a todas as esposas, fornecer a cada uma delas moradia separada” e “passar o mesmo tempo com todas as suas esposas”.

Crime

Nos Estados Unidos, a poligamia é crime desde 1882, e a pena pode chegar a cinco anos de prisão. A exceção é o estado de Utah, que descriminalizou a poligamia. Desde então, a prática é uma infração, no mesmo nível que uma multa por excesso de velocidade. Relata Gilberto Freyre, que entre os indígenas do Brasil a mulher não se agastava com o fato de o homem, seu companheiro, tomar outra ou outras mulheres: "ainda que a deixe de todo, não faz caso disso, porque se ainda é moça, ela toma outro". E "se a mulher acerta ser varonil e virago, também ela deixa o marido e toma outro”.

 

Embora seja muito incomum na Nigéria, há tribos onde as mulheres tradicionalmente adquiriram vários cônjuges chamados de “co-maridos”.  A Índia país tem mais de uma tribo praticando a poliandria. A justificstiva é que como descendentes dos Pachi Pandavas (cinco irmãos que eram maridos de uma mulher chamada Draupadi, filha do rei Panchala), eles acreditam que devem continuar a tradição.

Índia

A poliandria é prevalente em partes do norte da Índia por Paharis na região de Jaunsarbawar, enquanto em Kinnaur, Himachal, uma minoria do povo justifica e pratica a poliandria. Quenianos testemunharam poliandria quando dois homens decidiram ser maridos de uma mulher que ambos amavam. Em época de grandes mudanças sociais. não se pode prever se a poliandria será aceita em outras nações. Tudo é possível.

Hoje na história

.1858 — É inaugurada a segunda ferrovia brasileira, entre Recife e São Francisco.

1885 — Os primeiros japoneses se instalam no Havaí.

1895 — Invenção do Voleibol por William George Morgan nos Estados Unidos.

1939 — Osvaldo Aranha, chanceler do Brasil, desembarca em Nova York (EUA) para uma entrevista com o presidente americano Franklin Delano Roosevelt.

1963 — Primeiro voo do Boeing 727.

1964 — Os Beatles fazem a sua primeira aparição na televisão americana 

1971 — Apollo 14 retorna à Terra após o terceiro pouso humano na Lua.

2004 — O navegador de internet da Mozilla Foundation tem seu nome alterado para Mozilla Firefox.

Em 1994 - Nelson Mandela assume como o primeiro presidente negro da África do sul

 

 

 

 

 

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