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Apartheid contra mulheres se intensifica na Arábia Saudita

Postado às 06h48 | 30 Dez 2020

Guga Chacra

A ditadura da Arábia Saudita demonstrou mais uma vez nesta segunda-feira que o apartheid contra as mulheres será mantido no país. Condenou à prisão por mais de cinco anos Loujain al-Hathloul, uma das principais ativistas de direitos das mulheres. Desde de 2018, ela está presa junto com outras mulheres que buscam pacificamente protestar contra o regime extremista misógino de Mohammad bin Salman.

A condenação teria sido dentro de uma lei antiterrorismo, apesar de al-Hathlou nunca ter se envolvido em atividades terroristas. Literalmente, ela apenas se manifestava contra o apartheid antimulheres na Arábia Saudita. Entidades de defesa de direitos humanos internacionais já condenaram a decisão da ditadura saudita. Alguns governos também devem criticar, mas nenhuma medida, infelizmente, deve ser adotada.

A Arábia Saudita deveria ser alvo de sanções e pressão internacional para encerrar seu apartheid contra as mulheres. Deveria ser tratada como a África do Sul do apartheid contra os negros. Seu ditador precisa ser condenado internacionalmente por perseguir as mulheres, mantendo até a própria mãe em cativeiro, mandar esquartejar jornalistas, atacar a comunidade LGBT+ e também a minoria xiita, proibir igrejas e sinagogas, apoiar o terrorismo jihadista internacional, bombardear casamentos, escolas e funerais no Iêmen e sequestrar o premier do Líbano.

Ao mesmo tempo que persegue mulheres e condena à morte traficantes, dá festas em seu iate conhecidas pela presença de profissionais do sexo e uso de cocaína. Ainda assim, é protegido pelo presidente dos EUA e investidor em grandes companhias internacionais.

Vamos torcer para que um dia mulheres na Arábia Saudita possam ser livres e ter os mesmos diretos dos homens.

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