Postado às 05h22 | 06 Abr 2021
O cientista político Carlos Pereira, publicou análise acerca do equívoco do manifesto “centrista”, assinado pelos pré-candidatos à Presidência, ao sinalizar polarização, apenas com Bolsonaro.
O “centro” teria que polarizar com os dois extremos: Bolsonaro e Lula, a fim de transformar-se em “alternativa atraente”, aqueles que condenam a corrupção, ou, o achincalho à gestão da pandemia”, evitando a opção do eleitor pelo “mal menor”.
Anti PT – O PSDB perdeu a bandeira do antipetismo, já incorporada por Bolsonaro. A sucessão gira em torno dos desafetos: Lula e Bolsonaro.
Atração – O articulista chama atenção para o comportamento de Lula e Bolsonaro, que tentarão atrair o “centro”. Para evitar essa migração, os eleitores desse segmento não poderão esquecer os motivos de rejeição aos dois candidatos.
USA – A exemplo da eleição americana, o “centro” no Brasil teria de mostrar quem somos “nós” e quem são “eles dois”, ou seja, “antiBolsonaro “ e “antiLula”.
O segundo turno, se houver, seria nova eleição, com acordos e composições.
Israel mostrou recentemente, que isso é possível.
O primeiro ministro Benjamin Netanyahu, de centro, articula apoio de um partido árabe-islamita - Lista Árabe Unida-, do líder islâmico Abbas.
O importante é que no final a Democracia seja preservada
Natal – Por justiça, caminha muito bem a vacinação em Natal. Sem dúvida, mérito da PMN.
Regra – Com exceções, os defensores do livre mercado, sem regulações, apoiam-se no princípio do “prejuízo ser do Estado e o lucro, da empresa”.
A economia americana é o contrário: garantia do lucro social para o estado e do lucro financeiro para a empresa.
Prestação de contas – Por tais motivos, na pátria do capitalismo, os incentivos fiscais, isenções, diferimentos, juros diferenciados são auditados e o governo exige prestações de contas periódicas.
Exemplo - A Indústria Porcelanati de Santa Catarina chegou a Mossoró para montar polo cerâmico.
Teve todos os incentivos possíveis: Sudene, BNB e outras fontes. Uma montanha de dinheiro público enterrado. No final, acumulou débitos, além do desemprego em massa.
Direitos – Agora, a empresa beneficiária de incentivos, ameaça retirar até a maquinaria restante para vender, excluindo a garantia de débitos trabalhistas.
Impossível – Com essa prática de falso capitalismo, não há esperança de um Brasil mais justo.
O pior é que esses desvios fortalecem o discurso de extremistas de direita e populistas de esquerda. Qual a diferença para Lava Jato, de quem embolsa dinheiro dos impostos, sob a forma de incentivo fiscal?
A propósito – Qual será a responsabilidade da “Inframaérica”, ao devolver o aeroporto de São Gonçalo do Amarante para o governo? A relicitação será ainda este ano, certamente dificultada pela crise da pandemia e a influência do "rombo" financeiro, deixado pelos atuais concessionários...
Valores – Recorde-se que, em valores de 2012, a empresa “Inframaérica” beneficiou-se de financiamento do BNDES no valor de R$ 329,3 milhões e crédito de R$ 1,64 milhão para a realização de investimentos sociais, na área de abrangência do empreendimento.
Hub – Uma das justificativas para liberação de tanto dinheiro era a transformação do aeroporto em “hub” (centro de conexões) para voos destinados à Península Ibérica.
Antes – Em 2015, José Luis Menghini, presidente da Inframérica, declarou que fecharia o ano com 2015 com crescimento entre 6% e 7% em relação a 2014.
Destacou a o recebimento de 6 milhões de passageiros e anunciou expansões nas áreas comerciais, cargas, novos voos e novos negócios.
RN - Com a palavra a ANAC.
Os prejuízos alegados pela "Inframérica" só se explicam, após a pandemia.
E nos seis anos anteriores?
Os financiamentos recebidos estarão com os pagamentos em dia?
E os demais incentivos e encargos?
Ninguém duvide que a empresa termine pleiteando indenização do governo.
Salvar o aeroporto - Outro aspecto de fundamental importancia: qual a mobilização da classe política, liderada pelo governo do estado, para salvar o Aeroporto? Nada se faz, salvo transferir responsabilidades.
Privilégio - O aeroporto Aluízio Alves tem localização geográfica privilegiada pela sua proximidade com a África, Europa e Canal do Panamá.
No mundo todo, essas caracteristicas estimulam a criação de "polo exportador e turistico", ou seja, uma área de livre comércio.
Por que somente o RN não luta por essa solução e prefere assistir de braços cruzados a decretação da inviabilidade do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, após tantos milhões de reais desembolsados?