Postado às 05h11 | 20 Abr 2024
Ney Lopes
Estado de Israel está diante de uma guerra difícil, após o atentado de outubro. A guerra persiste durante seis longos meses, cobrando elevado número de vidas humanas.
A nica forma de vencer serão soluções diplomáticas, que tragam a paz ao Oriente Médio.
Para alcançar esse objetivo, Israel precisa do apoio dos EUA e de toda a comunidade internacional.
Os parceiros de Netanyahu no governo de extrema direita querem uma guerra perpetua e ver Israel conquistar a Faixa de Gaza.
Mas a população israelita em geral deseja algo diferente. Procuram a oportunidade de reconstruir as suas comunidades destruídas pelos ataques do Hamas.
A chamada solução de dois Estados, ainda é vista nos círculos diplomáticos como a mais viável para pacificar o Oriente Médio.
Propõe dividir o território ocupado por judeus e palestinos no Oriente Médio em dois
O governo de Binyamin Netanyahu, porém, é um obstáculo para esse arranjo.
Por ora, o premiê israelense vem conseguindo se equilibrar entre posições inconciliáveis.
Netanyahu, cujo governo já vinha perdendo apoio popular antes do ataque de 7 de outubro, também será cobrado pelo fracasso de sua política de segurança, que mesmo com superioridade tecnológica não conseguiu conter o Hamas em Gaza, e dos serviços de inteligência, que não detectaram a ameaça.
De acordo com uma pesquisa de janeiro, apenas 15% da população quer que Netanyahu continue no comando do país após a cessação das operações militares.
A solução de dois Estados continua na vanguarda dos formuladores de políticas que voltaram a distorcer a realidade de um regime expansionista em uma receita de política à qual podem se agarrar.
Eles fazem um ciclo de disposições segundo as quais o Estado palestino deve ser desmilitarizado, que Israel manterá a supervisão da segurança, que nem todos os Estados do mundo têm o mesmo nível de soberania.
Ao que tudo indica, em algum momento não muito longínquo os israelenses serão chamados mais uma vez às urnas.
O brutal ciclo de violência na região evidencia que não haverá paz duradoura, sem a solução dos dois Estados.
Boa notícia
Os preços do petróleo caíram nesta sexta-feira, 19, mesmo depois dos ataques retaliatórios de Israel contra o Irã.
Os preços recuaram depois que a mídia estatal iraniana minimizou os danos dos ataques.
Os preços recuaram depois que a mídia estatal iraniana minimizou os danos dos ataques.
O petróleo está atualmente abaixo do nível observado antes do ataque de drones e mísseis da semana passada.
Analistas mostram confiança de que ambos os lados querem evitar um conflito total, que sufoque o fornecimento de petróleo, enquanto os comerciantes também estão confiantes de que os esforços diplomáticos liderados pelos EUA evitarão aumento acentuado nos preços e que a crise fique fora do controle.
Ataques ao Irã
Os ataques de Israel ao Irã estão sendo moderados. Isso pode reduzir as hipóteses de um confronto imediato nos combates entre os dois países.
Contra-ataque violento poderia desestabilizar ainda mais a região.
Tudo indica que isto não acontecerá.
Publicado JORNAL DE FATO, Mossoró