Postado às 06h26 | 12 Fev 2021
Ney Lopes
Ao término do depoimento ao Senado ontem, 11, do ministro Eduardo Pazuello, o presidente do Senador, Rodrigo Pacheco, falou com objetividade e sintetizou as preocupações do país, afirmando que o depoente se comprometera a vacinar 50% da população brasileira até final do semestre e 100% até o final do ano.
A audiência durou cerca de 5 horas e parte dos parlamentares participou da reunião de forma virtual. Segundo o ministro da Saúde, o Brasil trabalha para ter "reservas" de vacina e até mesmo exportar para outros países da América Latina. O encontro com os senadores também ocorreu no momento em que Pazuello é investigado no STF, sob suspeita de omissão na crise que levou ao colapso de sistema de saúde em Manaus.
Está ainda pendente se o Senado abrirá ou não CPI para fazer a mesma coisa que o STF já está fazendo. Em momento tão dramático da vida brasileira, cabe um “voto de confiança” no propósito do ministro da saúde. Não adianta chorar o leite derramado, quando vidas estão sendo perdidas. Se houve omissão ou não do governo, o STF e as vias legais poderão apurar. CPI é um instrumento legislativo que alerta, apenas.
Não tem poderes de punir ninguém. Esse alerta já foi dado ao país.
É o caso de indagar: de que adianta convulsionar a nação com escândalos ou pré-escandalos, muito normais de surgiram em CPIs, na maioria das vezes com objetivos políticos. O importante é vacinar a população. Essa deveria ser a alternativa, salvo se outros fatos surgirem, além dos que já estão sendo apurados na justiça.
Os brasileiros querem viver. O único meio de garantia da vida é a vacina.
Portanto, deve ser dado voto de confiança ao governo, para que, sem maiores convulsões políticas, atinja a meta que ontem prometeu no Senado: 100% de brasileiros vacinados, no final do ano.