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Análise: "Volks ameaça falir a Alemanha"

Postado às 16h29 | 21 Out 2024

Volkswagen avalia fechar fábricas na Alemanha pela primeira vez em sua história

Ney Lopes

“Um “terremoto” na Volkswagen” (The Guardian).

A mídia global tem abordado assim a atual crise econômica da “Volkswagen”, a empresa símbolo da Alemanha.

Com 87 anos de existência, a Volks foi fundada sob a direção do governo nazista e impulsionada pelo sonho de produzir um “carro do povo” de baixo custo. 

“Uma crise na VW … é considerada uma crise para a Alemanha”.

A Volkswagen apresenta crescentes problems financeiros, com agravamento em suas operações globais de fabricação.

A gigante automotiva enfrenta queda nas vendas de veículos elétricos, subutilização da fábrica e ameaças tarifárias da China.

O escândalo de emissões de 2015, onde a Volkswagen foi pega trapaceando em testes de emissões de diesel, prejudicou a sua reputação.

A consequência levou a multas pesadas, taxas legais e perda de confiança do consumidor.

Por outro lado, a produção global de veículos passou por uma grande mudança, com a China assumindo a liderança como principal fabricante de automóveis do mundo e reduzindo o tamanho da Europa, Japão, Coreia do Sul e América do Norte.

A VW emprega quase 700.000 funcionários, que desfrutam de condições de trabalho seguras, negociadas na década de 1990.

Entretanto, a crise põe em risco a manutenção dessas garantias.

A VW que é também controladora da Audi e da Skoda, entre outras marcas, está tentando economizar € 10 bilhões depois que medidas como congelamento de contratações e demissões de trabalhadores temporários provaram não ser suficientes.

A notícia é que a empresa avalia fechar fábricas na Alemanha pela primeira vez em sua história.

Pretende dissolver o seu acordo de proteção ao emprego de 30 anos.

O cenário se agrava, considerando que a empresa teve que pagar 830 milhões de euros de indenização para centenas de milhares de clientes, após ser condenada em processo judicial.

O grupo precisa economizar mais de R$ 60 bilhões, até 2026 e nos próximos dois anos, o equivalente a dez vezes seu lucro atual.

Em 2023, da capacidade instalada para 14 milhões de veículos, a Volks produziu apenas nove milhões de unidades.

Na Alemanha, vive a metade dos 650 mil empregados.

Logo, caso a empresa venha a falir, o primeiro impacto será desse país.

A possibilidade do fechamento de fábricas, que não ocorre há quase 90 ano, liga um alerta no Brasil.

Esperar para ver é o presságio para o futuro da Volks.

Hoje na história

1807 – Acordo secreto com Londres prevê mudança da Corte portuguesa para o Brasil.

1912 – Início da Guerra do Contestado (conflito armado que teve como beligerantes posseiros e pequenos proprietários de terras contra os governos dos estados de Santa Catarina e Paraná,)

1938 – A primeira cópia xerográfica é feita, nos Estados Unidos.

1954 – A Alemanha Ocidental passa a fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte.

1964 – O escritor e filósofo Jean-Paul Sartre é eleito para receber o Prêmio Nobel de Literatura, mas declina.

1969 – É reaberto o Congresso Nacional do Brasil, que havia sido fechado dez meses depois da publicação do Ato Institucional Número Cinco (AI-5).

1989 – Alain Prost é tricampeão mundial de Fórmula 1.

2009 – Ocorre o lançamento mundial de vendas do Windows 7 pela Microsoft.

Curtinhas

+ A poucos dias da eleição, a esquerda não lidera segundo turno nas capitais e pena para herdar votos de Lula. Candidatos do PT ou apoiados, ainda não conquistaram a confiança daqueles que votaram no presidente em 2022.

+ O ex-presidente Barack Obama faz campanha pela vice-presidente Kamala Harris em estados indecisos.

+ Visão 2030 da Arábia Saudita é  uma estratégia para reduzir a dependência da Arábia Saudita em petróleo, diversificar sua economia e integrar-se ao Ocidente. Entre os eventos pretendidos consta sediar a Copa Asiática de Futebol em 2027, os Jogos Asiáticos de Inverno em 2029 e a Expo 2030. É a única concorrente para a Copa do Mundo da Fifa de 2034.

+ Muitos governos poderosos querem que Donald Trump vença a eleição presidencial dos EUA, incluindo Israel, Rússia, Índia, Hungria, Argentina e Arábia Saudita. No campo pró-Harris a maior parte da UE, Grã-Bretanha, Japão, Canadá, Brasil, África do Sul e muitos outros.

 

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