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Análise: "Vinho transformado em combustível"

Postado às 15h45 | 07 Ago 2024

Ney Lopes

Fato curioso ocorre no mercado de vinho.

Cai o consumo do produto, que poderá transformar-se em combustível.  

A indagação é se os carros em breve funcionarão com vinho tinto.

A questão não é tão absurda.

Veja-se que o Rei Charles já adaptou seu carro para abastecer com queijo e vinho.

Parece absurdo, mas é verdade.

Tal fato reforça a ideia de transformar vinho em bioetanol.

O governo francês desembolsou ajuda de emergência de 80 milhões de euros para destilar o excesso de tinto nas caves e transformá-lo em álcool branco destinado à farmácia ou perfumaria.

Muitos viticultores optaram por diversificar as suas culturas plantando tangerinas, laranjas ou limoeiros.

A França foi uma pátria do vinho consagrada como patrimônio, das suas 363 denominações, dos seus terroirs variados, onde as vendas de garrafas geravam anualmente mais de 20 mil milhões de euros de volume de negócios.

Hoje não é mais assim.

O vinho é menos popular que a cerveja, que representa mais da metade do álcool vendido nos supermercados: 52% contra 30,6% do vinho.

Na França existem 100.000 hectares de vinha excedente.

O consumo de vinho francês caiu quase 70%, passando de mais de 120 litros por ano por habitante em 1960 para menos de 40 litros em 2020.

Longe de abrandar, a tendência aumenta nos últimos anos.

Apenas um exemplo: em 2017, 10% da população ainda bebia pelo menos uma bebida por dia; em 2021, são apenas 8%.

Diante de uma crise de superprodução, os viticultores procuram formas de sobreviver.

As empresas já estão à beira do colapso, algumas começaram a entrar em falência, com planos de liquidação.

O Estado e a União. Europeia já pagaram à vinha francesa 269 milhões de euros em ajudas por ano, desde 2008.

O aquecimento global desempenha indiretamente o seu papel na queda do consumo de vinho. 

Regiões mais quentes tendem ter uvas mais maduras e, portanto  com mais açúcar.

Dessa forma, vinhos desass regiões são ttransformados em alcool, durante a fermentação.

Apesar da crise, o vinho continua sendo símbolo da gastronomia francesa, e o país é o segundo maior consumidor da bebida no planeta.

Hoje na história - 8 de agosto

8 de agosto: Dia Nacional de Controle do Colesterol

Fundado em 8 de agosto de 1863, o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho atuam em guerras e emergências, como pandemias, inundações e terremotos.

O padre brasileiro Bartolomeu de Gusmão inventa o balão de ar quente.

1974 — O presidente dos Estados Unidos Richard Nixon renúncia à presidência do país devido ao escândalo Watergate.

Uma das maiores aventuras do século XVI teve início em um dia como este, no ano de 1519. Neste ano, o navegador Fernão de Magalhães, patrocinado pela monarquia espanhola, comandou a primeira expedição que deu a volta ao mundo.

Em um dia como este, no ano de 1963, acontecia um dos mais famosos assaltos na Inglaterra. Trata-se do grande assalto ao trem postal, que ia de Glasgow a Londres.

Rápidas...

Disney - Os americanos — afetados por anos de alta inflação — têm menos dinheiro para gastar em diversão, colocando em risco o crescimento dos cruzeiros e parques temáticos da Disney. Os resultados financeiros são mais fracos do que esperado.

Impostos - A Itália dobrou o imposto fixo sobre a renda estrangeira de novos residentes, em um golpe para quem busca fugir de impostos mais altos em outras partes da Europa.

Proibição - Quase três em cada dez (28%) escolas de ensino fundamental e médio públicas e particulares do Brasil proíbem o uso de celular pelos alunos. Outras 64% permitem, mas restringem o acesso aos telefones a determinados espaços e horários.

Cidade - Viena assumiu o primeiro lugar de cidade mais habitável do mundo pelo terceiro ano consecutivo. Três outras cidades europeias ficaram entre as cinco primeiras: Copenhague, Zurique e Genebra. Damasco, devastada pela guerra, é a menos habitável, desde 2013.

 

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