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Análise: Venezuela em “beco sem saída”

Postado às 18h12 | 23 Jul 2024

Ney Lopes

Uma semana decisiva para a Venezuela e a democracia. Domingo próximo realizam-se as eleições presidenciais. As pesquisas mostram mais de 20 pontos de vantagem para a oposição. O presidente Nicolás Maduro, que deseja a terceira reeleição, disse em comício, que o país pode enfrentar um "banho de sangue" e uma "guerra civil" fratricida, caso ele não seja reconduzido.

Pelo visto, a incerteza paira sobre a Venezuela. Muitos temem, que o atual presidente tente roubar a vitória do candidato da oposição. O presidente Lula reagiu bem à essa estapafúrdia declaração, afirmando: “Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro, dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto, não de sangue. O Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”.

A coligação “Plataforma Democrática Unitária” da oposição escolheu Gonzalez Urrutia, de 74 anos, um ex-diplomata pouco conhecido, de última hora, para ser o candidato. O governo barrou a líder popular líder da oposição Maria Corina Machado da disputa, com base em acusações forjadas de corrupção. Outros oito candidatos têm números insignificantes nas pesquisas.

Na Venezuela há 269 presos políticos, de um total de 288, que estão detidos há mais de três anos, sem condenação. Desde 2014, quase 16.000 pessoas passaram por prisão política e mais de 9.000 ainda estão submetidas a medidas cautelares relacionadas com a sua liberdade. O presidente Maduro, em 2017, promulgou a lei contra o ódio e incluiu infrações penais amplas e difusas, extremamente abertas à interpretação, o que permitiu quase todas as condutas incômodas ao governo serem acusadas de crimes. Duro golpe para as garantias penais consagradas na Constituição.

O país é exemplo de um petroestado, onde o governo é altamente dependente da renda dos combustíveis fósseis, o poder está concentrado e a corrupção é generalizada. Décadas de má governança levaram o que antes era um dos países mais prósperos da América Latina à ruína econômica e política. O colapso econômico encolheu significativamente a produção e a hiperinflação desenfreada contribuíram para uma escassez de bens básicos, como alimentos e remédios.

Nos últimos anos, as exportações de petróleo financiaram cerca de dois terços do orçamento do governo. As estimativas para 2024 colocam esse número no patamar de 58%. Na última década, o presidente Nicolás Maduro e seus aliados, restringiram o acesso à internet, detendo arbitrariamente oponentes e críticos políticos.

Essas questões — somadas às sanções internacionais e às repercussões contínuas da pandemia da COVID-19 — alimentaram uma crise humanitária devastadora, com grave escassez de bens básicos como alimentos, água potável, gasolina e suprimentos médicos. As estimativas são de que 50% dos 28 milhões de residentes da Venezuela vivem na pobreza.  O país tem um peso estimado de dívida de cerca de U$ 150 bilhões ou mais.

BECO SEM SAÍDA

Neste contexto, o caminho seria seguir o mesmo caminho de muitos países com vasta riqueza de recursos petrolíferos, como a Noruega e a Arábia Saudita, que criaram fundos soberanos para gerenciar seus investimentos.

Na Venezuela, a diversificação econômica será uma escalada difícil, dado o colapso econômico e político na última década. Haveria necessidade de primeiro revitalizar o seu setor de petróleo, antes que pudesse cultivar e desenvolver outras indústrias importantes. Exigiria um enorme investimento, que analistas dizem seria difícil de encontrar. Infelizmente, a única previsão possível é que a Venezuela está num “beco sem saída”.

Menos casamentos e bebês em Cingapura

A crescente parcela de mulheres que permanecem solteiras em Cingapura é uma das principais razões para a longa escassez de bebês. A taxa de fertilidade total caiu para menos de 1 em 2023 pela primeira vez na história do país.

Como haverá um número cada vez menor de mulheres em idade de casar e ter filhos, e os nascimentos fora do casamento são ilegítimos em Cingapura, o número de nascimentos de cidadãos provavelmente continuará a diminuir se as taxas de casamento continuarem diminuindo.

Esta é uma notícia preocupante. Vejam-se estatísticas.

Sete em cada 10 jovens cingapurianos acham que não é necessário se casar.

Menos casamentos foram registrados em 2023.

Quatro quintos das pessoas sem filhos com 50 anos ou mais classificaram seu bem-estar como comparável ao daqueles que têm filhos, porque tiveram apoio da família, amigos ou ambos.

O casamento não é mais visto como um objetivo de vida obrigatório em Cingapura,

Hoje na história

1840 — Golpe da Maioridade: Dom Pedro de Alcântara torna-se imperador do Brasil, com 14 anos.

1929 — O Fascismo bane todas as palavras estrangeiras da Itália.

1942 — Holocausto: é aberto o campo de extermínio de Treblinka.

O Dia do guarda rodoviário, 23 de julho, presta homenagem aos profissionais responsáveis pelas atividades de policiamento das rodovias brasileiras.

1932 — Faleceu Alberto Santos Dumont, inventor brasileiro

 

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