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Análise: "Uma das versões sobre a Independência do Brasil"

Postado às 06h23 | 07 Set 2020

Ney Lopes

Hoje, 198 anos da independência do Brasil. A agência "BBC Brasil" divulga matéria com versão histórica, que  comprova não ter sido D. Pedro I o proclamador da independência, mas a sua esposa, imperatriz Maria Leopoldina, que se tornou a primeira mulher a governar o Brasil, ocupando o cargo interinamente, por alguns dias.

Em 1822, durante viagem do marido à São Paulo, Leopoldina exerceu o cargo de regente, período que inclui a assinatura da independência brasileira, em 2 de setembro.

Somente cinco dias depois, Dom Pedro I foi informado sobre a notícia da independência, dando o famoso grito às margens do rio Ipiranga. Essa segunda data entrou para os livros de história como o Dia da Independência: 7 de setembro de 1822. A conclusão é da professora Maria Celi Chaves Vasconcelos, da Universidade do Rio de Janeiro.

A verdade histórica seria, que a austríaca Leopoldina de Hamburgo, de uma das famílias mais poderosas da Europa no século 18, foi a proclamadora da nossa independência. Tudo começou no dia 9 de janeiro de 1822, quando ela desrespeitou as ordens das cortes portuguesas e declarou o “Fico”, com visão muito mais astuta que o marido Pedro I.

Para a pesquisadora, a Imperatriz não agiu por rebeldia, mas sim de forma calculada. Ela temeu voltar para Portugal e enfrentar revolta popular contra o rei D. João VI, o seu sogro. Na sua família já havia a história de sua tia-avó Maria Antonieta, última rainha da França, que foi guilhotinada na Revolução Francesa.

A sua irmã mais velha, arquiduquesa Maria Luíza, se casou com o maior inimigo da família, Napoleão Bonaparte, como estratégia para deter o avanço do francês sobre a Europa.

A relação matrimonial de Leopoldina com D, Pedro I não era sólida. Casou-se à distância, por procuração, como forma de aliança diplomática entre Portugal e Áustria. D. Pedro era amante da famosa Marquesa de Santos, com quem teve uma filha.

Leopoldina viveu apenas nove anos no Brasil. Morreu aos 29 anos, em dezembro de 1826, grávida, tendo abortado o filho no leito de morte.

Se verdadeiros os fatos relatados na pesquisa da professora Maria Celi Chaves Vasconcelos, Ela fez mais pelo nosso país, do que D. Pedro I.

Ajudou a criar uma nação independente.

 

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