Postado às 05h45 | 17 Nov 2023
Sem visitantes, em Belém, na Palestina, é reverenciado o local sagrado, onde nasceu Jesus, na Igreja da Natividade.
Ney Lopes
O turismo na Terra Santa sempre foi a principal fonte de renda nacional.
A área é chamada de Terra de Canaã, que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria.
Nessas localidades, se passam a maior parte das histórias bíblicas.
Essas histórias começam com a Criação, seguindo-se Adão e Eva, Caim e Abel, O Dilúvio, A Torre de Babel, Abraão o Pai da Fé, José, Sansão e Dalila, Jonas, Moisés, Davi e Golias, Daniel e a cova dos Leões, O nascimento de Jesus e a Ressurreição de Jesus
Muitas pessoas fazem peregrinação a Terra Santa, sendo um local muito visitado, destino de significado espiritual e histórico.
Infelizmente, deixou de ter convivência pacífica e tolerância entre os cristãos, judeus e muçulmanos, que lá habitam.
Hoje, o clima é tenso, com ruas vazias, tristes e população desiludida, passando necessidades.
A epidemia da Covid e a guerra acabaram com o turismo local..
Guardo boas recordações de quando estive em Belém, na Palestina e Jerusalém, em Israel.
O momento mais emocionante foi sair de Jerusalém, com destino a Palestina.
Em apenas 10 quilômetros está Belém, uma cidade palestina.
Lá é possível seguir o caminho percorrido pelos pastores, até a famosa manjedoura de Belém.
O ponto mais esperado para quem visita Belém é conhecer a Igreja da Natividade, construída em 326 d.C., possui uma caverna, com a estrela no meio e marca o ponto específico onde Jesus teria nascido (ver foto).
Em 2001, começou a construção de um muro, sob a justificativa de proteção do Estado de Israel, em relação aos atentados terroristas suicidas de palestinos.
O Muro possui enormes dimensões, com uma extensão de 721 km, 8 metros de altura, trincheiras com 2 metros de profundidade, arames farpados e torres de vigilância a cada 300 metros.
A barreira dividiu famílias, isolou aldeias e teve um efeito devastador para a comunidade palestina
Sob severa vigilância, é permitido o visitante atravessar o muro a pé.
A caminhada no túnel gera tensões.
Do outro lado, já é Palestina, com taxis disponibilizados para conhecer a cidade.
Pela situação de beligerância, a receita do turismo na Palestina continua a cair e representa parcela fundamental no PIB nacional.
Houve uma perda estimada de US $ 1,5 bilhão no ano passado.
De acordo com o Bureau Central de Estatísticas Palestino (PCBS) e o Ministério do Turismo e Antiguidades, o impacto na indústria do turismo foi enorme.
Ocorreram fechamentos de hotéis, operadoras de turismo, locais turísticos, instalações e restaurantes.
Mais de 50.000 trabalhadores da indústria foram afetados diretamente.
O mais grave é que essa realidade não tem sinais de mudança, com a permanência da guerra.
Só resta apelar à Deus!