Postado às 15h48 | 03 Jan 2025
Musk e Trump
Ney Lopes
Faltam quinze dias para a posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.
Uma das questões em pauta é a íntima ligação entre Trump e Musk, a pessoa mais rica do mundo, que se autodenomina o "primeiro amigo" do presidente e passou a noite da eleição no resort de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida.
Trump nomeou Musk para co-liderar um novo “Departamento de Eficiência Governamental”, uma entidade privada que aconselha sobre cortes de orçamentos e regulamentações.
Repita-se: a raposa tomando conta do galinheiro.
Para o embaixador português João Vale de Almeida, em artigo publicado, esse “conluio” é o “fim da decência e o princípio da incerteza’.
Assinala que as democracias estão em confronto com a crise existencial do populismo e esquerda radicais.
Os eleitores americanos, por exemplo, “votaram mais com o bolso do que com a sua bússola ética ou moral”.
Estavam mais preocupados com a sua condição econômica e social como parte da classe média ou trabalhadora, a inflação, as suas contas de supermercado, preço da gasolina, e ansiosos sobre o futuro do “sonho americano”, que engloba valores como liberdade, democracia e igualdade.
Para o escritor James Adams, “é o sonho de uma terra em que a vida poderia ser melhor e mais rica para qualquer pessoa”.
Presença de Musk
Donald Trump será o primeiro presidente a tomar posse enquanto vários processos criminais contra ele estão pendentes.
A sua ascensão ao mais alto cargo nos EUA ocorre, enquanto enfrenta dezenas de acusações e deixou o país em território desconhecido.
Por outro lado, a presença de Musk para ter influência extraordinária com a nova administração levanta dúvidas sobre o destino das investigações federais e ações regulatórias, que afetam seu império empresarial, das quais pelo menos 20 estão em andamento.
Chama-se atenção para os inquéritos contra Musk, que incluem exames de violações de valores mobiliários; questões sobre a segurança dos sistemas de piloto automático e direção totalmente autônoma da Tesla; potenciais violações de bem-estar animal nos experimentos com chips cerebrais da Neuralink; suposta poluição, discriminação na contratação e problemas de licenciamento na SpaceX.
O mais importante
De todo o relato, o mais importante é a transição entre Biden e o seu antecessor decorrer com tranquilidade.
O comportamento de Biden é exemplar, evitando-se assim a contestação dos resultados ou longas disputas sobre a sua contabilização, que no passado enfraqueceram a credibilidade das instituições políticas americanas.
O mais curioso é que a legislação americana, permite que as investigações e processos contra Musk podem sejam arquivados pelos chefes de departamentos e agências nomeados por Trump.
Uma regra estranha.
É o caso de indagar: imagine se isso também fosse permitido no Brasil?
+ Assume a presidência da OAB-RN o dr. Carlos Kelsen, que lidera um competente grupo de advogados integrantes da diretoria. Continua o eficiente trabalho do ex-presidente Aldo Medeiros.
+ O cirurgião geral americano Dr. Vivek Murthy cita estudos que ligam bebidas alcoólicas a pelo menos sete doenças malignas, incluindo câncer de mama e de cólon. Autoridades de saúde em todo o mundo têm incentivado as pessoas a beber menos, parar de beber completamente ou tentar ficar de dois a três dias sem álcool por semana.
1728 — Fundação da Universidade de Havana, em Cuba.
1757 — Luís XV da França sobrevive a uma tentativa de assassinato
1875 — Inaugurado em Paris o Palais Garnier, uma das casas de ópera mais famosas do mundo.
1895 — Caso Dreyfus: os galões de oficial de Alfred Dreyfus são retirados numa cerimônia humilhante e este é condenado à prisão perpétua na Ilha do Diabo.
1933 — Iniciada a construção da Ponte Golden Gate na Baía de São Francisco.
1949 — Harry S. Truman, presidente dos Estados Unidos, lança seu programa Fair Deal.
1957 —Dwight D. Eisenhower anuncia o estabelecimento do que mais tarde será chamado de Doutrina Eisenhower.
2017 — Formação de excepcional onda de frio afeta a Europa e causa a morte de pelo menos 60 pessoas ao longo de uma única semana.
2023 — É realizado na Praça de São Pedro o funeral do Papa Bento XVI, com um público de 50 mil pessoas.